quinta-feira, 31 de julho de 2008

Whitehead Super 8

A Cervejaria Whitehead surgiu em maio de 2007, nasceu em Porto Alegre e hoje está localizada em Eldorado do Sul no RS. O nome Whitehead refere-se a espuma branca que cobre a cerveja e também remete aos mestres-cervejeiros experientes e já grisalhos.

Os três mosqueteiros e proprietários, Alexandre Carminati, João Carlos Kerber e José Otávio Kerber são responsáveis por todo o processo de fabricação e distribuição da cerveja.

Agora com a novidade, são fabricados cinco tipos de cerveja: Porter, Irish Ale, Witbier (Cerveja de trigo estilo belga) e a Pale Ale que pude degustar aqui, a mais excelente novidade é a Whitehead Super 8, de alta fermentação é uma cerveja do estilo Barley Wine, não pasteurizada e refermentada na garrafa, possui alto teor alcoólico, é produzida com 8 tipos de grãos e 3 tipos de lúpulos e assim como os outros produtos da marca, prezam pela não utilização de aditivos químicos. Agradecimentos ao Carminati pela atenção que sempre dispensa ao oBIERcevando e pelo trabalho que vem desenvolvendo junto a cultura cervejeira, abaixo segue impressões da Super 8.


Cerveja: Whitehead
Apresentação: Long Neck 350ml.
Tipo: Barley Wine
Álcool: 8%
Cor: Avermelhada, baixa turbidez, brilhante.
Espuma: Média formação, duradoura.
Aroma: Malte, leve frutado, fermento, notas lúpulo.
Paladar: Bom corpo, malte, notas adocicadas, leve acidez, lúpulo, quente devido ao álcool, sensação residual seca e traços de álcool.
Comentário: Boa cerveja, possui ótimo drinkability, o aroma é um pouco menos pronunciado que o paladar mas sem dúvida um compensa o outro. A Whitehead Super 8, apesar de pertencer a outro estilo, trouxe lembranças de algumas características da Dama do Lago, do caro amigo Botto, como o final seco, a leve acidez e notas do aroma. A Super 8 se torna mais uma ótima opção no mercado Nacional.


Aonde: Cervejasnet

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Encontro ACervA Catarinense e Aniversário Eisenbahn

Os idealizadores da ACervA Catarinense, em sua maioria cervejeiros caseiros sediados em Florianópolis, seguiram o exemplo de outras ACervAs brasileiras. Com o mesmo objetivo de colaboração, troca de experiências e crescimento da cultura cervejeira no Brasil, já são cinco as ACervAs instituídas, a Carioca, a Mineira, a Paulista e a Gaúcha, além da caçula Catarinense.
O objetivo da recém constituída ACervA Catarinense é congregar pessoas de todo o estado interessadas em iniciar a fabricação de cerveja artesanal, assim como aquelas que já fabricam o líquido precioso há mais tempo, no sentido de todos aperfeiçoarem seus métodos e suas receitas através da troca de experiências.

A associação realizou neste sabado que passou, dia 26 de julho, o primeiro encontro da ACervA Catarinense em Blumenau, dando início a um circuito de encontros ao longo dos próximos meses em outras cidades de Santa Catarina. A data escolhida também vem de encontro às comemorações alusivas ao dia 25 de julho, comemorando os 184 anos da Imigração Alemã no Brasil, que muito contribuiu para a evolução da cultura cervejeira artesanal a partir da tradição de produção caseira de nossos imigrantes.

Foi uma ótima oportunidade para encontrar os amigos cervejeiros de todo o estado, além de receber e conhecer os interessados em fazer parte desta confraria no Vale do Itajaí, parabéns ao Rubens Deeke e o Selvino que organizaram o encontro em Blumenau, se empenharam bastante na organização e não deixaram faltar nenhum detalhe, por isso o evento foi coroado com grande êxito, parabéns ao pessoal de Floripa que veio em um ônibus e cada cervejeiro trouxe suas criações para serem degustadas e saboreadas pelos amigos. Um efusivo obrigado as cervejarias que acreditaram no evento, a Schornstein, Das Bier, Wunderbier, Opa Bier e Eisenbahn.
Foi uma viagem de sabores, estilos e informações, um momento especial e inesquecível, o local escolhido para o encontro foi a Lanchonete Germânia, no centro de Blumenau, na Rua Curt Hering 230, quase na esquina da Paul Hering. A lanchonete já está se tornando ponto de encontro dos cervejeiros da região. Que venha o próximo.

Logo após o encontro da Acerva Catarinense rumamos a mais uma festa, neste outro evento estava sendo comemorado o 6º ano da Cervejaria Eisenbahn em Blumenau, o evento contou com muita gente, festa regada a muita cerveja e atrações muito interessantes e quem começou a festa foram os caros amigos do Hausmusikanten que com sua simpatia colocaram todos a dançar com as tradicionais musicas germânicas, depois teve o pessoal do Alpenmusikanten, ambas tocam no bar da fábrica d aEisenbahn durante a semana e não deixaram de colocar todos a cantar neste sábado.
Depois tivemos a banda U2 Cover de Curitiba que mandou muito bem e deu ainda mais cores e alegria ao evento, fazendo o pessoal acordar, afinal o dia estava sendo bem comprido. Havia uma ótima estrutura montada na Eisenbahn, banheiros do lado de fora, chopeiras para todo lado e muita alegria e o encontro de eventos fez valer a pena o sábado. Parabéns Eisenbahn por mais este ano e por mostrar que ainda é uma das galinhas dos ovos de ouro do mercado cervejeiro nacional.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Baden Baden Tripel

Como já comentado anteriormente, desde de que a Cervejaria Baden Baden foi adquirida pelo Grupo Schincariol muito se sondou sobre alteração de produtos, diminuição nos estilos e até mesmo a extinção de lançamentos.
Porém pouco tempo atrás pude degustar aqui a nova cerveja de linha da Baden, uma Weiss bem saborosa e correta e depois todos ficamos ansiosos pelo mais esperado lançamento, uma cerveja estilo Tripel, muito se falou que devido algumas de suas características ela não se enquadre dentro do estilo, até mesmo porque ela se consagrou a cerveja com maior teor alcoólico produzida no Brasil, mas esse assunto tem bastante pano para manga e prefiro deixar a cargo de cada um tirar suas conclusões.

A Baden Baden Tripel vem acondicionada em uma embalagem extremamente bonita e de bom gosto, é uma garrafa de cerâmica com fechamento “Flip Top” produzida na Ceramarte aqui em Santa Catarina, precisamente na cidade de Rio Negrinho, a Ceramarte já é famosa por produzir Biersiphon para algumas cervejarias e sua embalagem mais famosa é a da Cerveja Utopias da Americana Samuel Adams que possui 24% de teor alcoólico é a cerveja com maio teor alcoólico do mundo.
Tanta exclusividade chega ao mercado em um primeiro lote de 2500 garrafas e um segundo lote já está sendo finalizado com mais 2500 garrafas, todas numeradas e acondicionadas em uma caixa personalizada. Será inicialmente apenas encontrada em Campos do Jordão, porém em breve chegará as principais capitais, tive o prazer de degustar a garrafa Nº 522 e com isso temos novas esperanças para que a Baden Baden volte a ser uma das galinhas dos ovos de ouro no mercado cervejeiro nacional, abaixo impressões.


Cerveja: Baden Baden
Apresentação: Garrafa 600ml. de cerâmica c/ flip-top.
Tipo: Tripel
Álcool: 14%
Cor: Rubi, avermelhada, limpa, brilhante.
Espuma: Média formação, duradoura.
Aroma: Doce, malte, álcool, frutado.
Paladar: Ótimo corpo, licorosa, doce, álcool, quente, sensação residual doce e alcoólica.
Comentário: Cerveja de extrema personalidade, complexa porém possui paladares bem definidos, acondicionada em uma linda embalagem o próprio rótulo sugere: “Edição limitada para colecionador”. A cerveja em um primeiro momento seduziu mais pelo aroma do que pelo paladar. No paladar o álcool está bem destacado e conseqüentemente traz características demasiadamente doces, vale experimentar e deixar uma guardada durante uns dois, três anos para se tornar um néctar sem valor.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Quilmes Red Lager

O último estilo lançado pelo Quilmes é uma Red Lager, como pude degustar as outras cervejas da família aqui, posso arriscar dizer que esta é a que possui melhor drinkability, não é uma cerveja excepcional, entretanto é fácil e agradável para se beber. Abaixo impressões.


Cerveja: Quilmes
Tipo: Red Lager
Apresentação: Garrafa 973ml.
Álcool: 4,7%
Cor: Avermelhada, limpa, brilhante.
Espuma: Média formação, duradoura.
Aroma: Aroma leve, notas malte, doce.
Paladar: Baixo corpo, malte, notas doces, baixo amargor, sensação residual ligeiramente adocicada.
Comentário: Assim como outras cervejas da Quilmes o sabor passa ligeiro no paladar, com baixo corpo e notas doces, mas entre todas as Quilmes é aquela que tomaria outras vezes.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Dicas de Inverno - Strong Ale e Parmesão.

Encontramos nas cervejas diversos aromas e sabores presentes nos queijos. A carbonatação estimula as papilas gustativas acentuando os complexos sabores existentes no queijo. E o queijo por ser gorduroso deixa uma camada na boca revestindo-a, a carbonatação consegue "limpar" esta gordura, deixando o paladar pronto para um próximo pedaço e coloca harmonia entre os sabores presentes, tanto da bebida, quanto do queijo.Há muito tempo o pão é um dos melhores alimentos para se harmonizar com queijo e assim como a cerveja o pão é feito a partir de cereais, além do mais a cerveja é também conhecida como "pão líquido", por isso a facilidade na harmonização de cervejas com queijos.


As cervejas Strong Ales são muito versáteis na hora de harmonização com queijo, suas principais características, o frutado, notas adocicadas, condimentadas, baixo amargor e seu alto teor alcoólico ajudam muito a completar o paladar do queijo, para isso creio ser interessante harmonizar com queijos com maior tempo de maturação de textura mais consistente, que possua tons frutados e bom teores de sal.


Delirium Tremens é uma forma de perturbação mental passível de ocorrer em alcoólatras, quando estes ficam em abstinência de álcool e também pode ocorrer nos viciados em ópio, é caracterizada por tremores, suores, entre outros sintomas.
Porém este é o nome de uma das cervejas fabricadas na Cervejaria Huyghe que fica na Bélgica, ela foi lançada em 26 de dezembro de 1989, se tornou mundialmente famosa em 1998 quando foi eleita em Chicago a melhor cerveja do mundo. Sua venda foi proibida nos EUA devido ao nome, voltou ao mercado americano depois com o nome de Mateen.
A Delirium é uma Belgian Strong Ale com boa presença de malte, caráter frutado e levemente doce, e sua potência alcoólica (8,5%) foi bastante pertinente para esta harmonização.
O Parmesão é um queijo de origem italiana e suas principais características são o baixo teor de umidade e a textura granular. Este queijo nasceu no Vale do Pó por volta de 1200 ou antes, esta região era considerada o centro mais importante de fabricação de queijos na Europa. A massa é dura, compacta e quebradiça, de cor amarelo-palha, tanto o aroma quanto o sabor são picantes e fortes, a maturação do queijo Parmesão dura de 6 a 12 meses.


A harmonização por contraste aconteceu perfeitamente, pois possuíam características distintas, o salgado x doce, entretanto havia algumas características parecidas, trazendo muita harmonia na degustação, o parmesão com característica salgada, picante e notas adocicadas encontrava na Delirium Tremens equilíbrio, pois o salgado era gradativamente anulado, enquanto os toques adocicados de ambos se completavam e a textura um pouco oleosa do queijo tinha o alto teor alcoólico pela frente que limpava e deixava o paladar quase neutro para mais um pedaço, restava um leve adocicado e uma prazerosa sensação quente proveniente do picante do queijo e do álcool da cerveja.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Wäls Pilsen e Wäls Tripel

A cervejaria Wäls surgiu em 2001 quando o Sr. Miguel Carneiro viu o potencial cervejeiro da região de Minas Gerais, a família já possuía uma rede de fast food, e uma das maiores revendedoras do chopp Kaiser na região, com uma ótima visão de negócio Sr. Miguel resolveu montar sua própria cervejaria. Depois de estudos e levantamentos feitos começaram o trabalho da Cervejaria Wäls, que está localizada em BH precisamente na Pampulha.


Que o mercado mundial está dominado pelas Pseudo-Pilsen não é novidade, mas onde estão as verdadeiras Pilsen? Que tanto passam pelos sonhos dos cervejeiros, ontem mesmo pude encontrar um pessoal fazendo um rápido bier tour pelas micro cervejarias da região e um deles afirmou veemente: “- Vim atrás de uma Pilsen de verdade, porém até agora não encontrei!”. E olha que era a ultima micro cervejaria que eles estavam visitando.


Com todo este sentimento contido (Reclamações, Ansiedade, Esperança) a Wäls resolveu acender a luz no fim do túnel para nós cervejeiros, eles desenvolveram uma Bohemian Pilsen que trás claramente todas as características de uma Pilsen de verdade, uma dose generosa de lúpulo, bom corpo e intensas notas de malte para equilibrar o conjunto. E para não ficarmos na escuridão até o fim do túnel, a cervejaria ainda acendeu mais uma luz, após a Dubbel que degustei aqui, de quebra lançaram uma cerveja do estilo tripel, outra cerveja do estilo é a Falke Monasterium, porém este estilo Belga é pouco disseminado pelo país, pois é notável um leve domínio da escola Alemã nas cervejarias do Brasil, é claro que ambas as escolas são cheias de virtudes. As duas cervejas surpreenderam e demonstram que o momento é de diferenciação, produtos novos sempre chamam a atenção do mercado, a marca sempre é lembrada e cria ainda mais credibilidade para cervejaria, parabéns ao pessoal da Wäls e abaixo seguem impressões.

Cerveja: Wäls
Tipo: Bohemian Pilsen
Apresentação: Garrafa 355ml.
Álcool: 5%
Cor: Dourado intenso, limpa, brilhante.
Espuma: Boa formação, queda lenta e duradoura.
Aroma: Lúpulo intenso, floral, cítrico, leve malte.
Paladar: Bom corpo, malte, lúpulo, amargor persistente, notas doces, sensação residual seca.
Comentário: Ótima cerveja, ela deixa claro o bom trabalho que a Wäls está desenvolvendo, apesar da potência de lúpulo ela demonstrou um ótimo equilíbrio, ainda não está sendo distribuída a nível Brasil.



Cerveja: Wäls
Tipo: Tripel
Apresentação: Garrafa 355ml.
Álcool: 9%
Cor: Alaranjada, turva, opaca.
Espuma: Boa formação, queda lenta e duradoura.
Aroma: Doce, condimentado, frutado(laranja), cítrico.
Paladar: Bom corpo, malte, notas doces, cítrico, quente (álcool), baixo amargor, boa carbonatação, sensação residual agradável com notas adocicadas e final seco.
Comentário: Outro belo exemplar, sua potência é facilmente despercebida pela complexidade de aromas e sabores, e como a Pilsen ainda não está sendo distribuída a nível Brasil, mas através do site da cervejaria é possível obter informações.


Mais informações: Wäls

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Oktoberfestbier

A Oktoberfest não é apenas um dos maiores eventos da Terra é também um estilo de cerveja. Tecnicamente a Oktoberfestbier é fabricada apenas por seis fábricas de cerveja dentro dos limites da cidade de Munique, elas também são as únicas fabricantes de cerveja autorizadas a participar dentro dos pavilhões da Oktoberfest, é autorizada a participar também da festa a fabrica de Champagne Nyphemburg de Munique.

Apesar do seu nome Oktoberfest as cervejas não eram fabricadas apenas em Outubro, começavam a ser fabricadas no início de Outubro até o final de Março, por isso também são conhecidas como Märzen, mas por que isso?

É que antes de uma das revoluções cervejeiras, quando surgiu a refrigeração, produzir cerveja no verão era praticamente impossível, devido a enorme proliferação de micro organismos que “fermentavam” a cerveja. Ela tornava-se intragável devido a multiplicação descontrolada do fermento “voador” que se depositava no líquido.

Portanto as cervejarias da Baviera recorreram a uma simples mas eficaz estratégia que garantiu uma boa cerveja e um tranqüilo abastecimento para o verão. Eles trabalhavam em regime de hora extra nas cervejarias no final do inverno para fazer bastante cerveja e adicionavam uma quantidade considerada de lúpulo, já sabiam que era um conservante natural, e também mais malte, seu teor alcoólico provavelmente tinha entre 5% a 6%. Estas cervejas ficavam bastante encorpadas e com uma boa presença de lúpulo e paladar de malte.

Para manter essas “Märzen” frescas durante os meses de verão, elas ficavam acondicionadas em barris que posteriormente eram guardados em caves, cavernas e até mesmo no sopé das montanhas a baixas temperaturas, alguns locais eram preenchidos com gelo do inverno anterior. As cervejas eram liberadas gradualmente começando no final da primavera ou início do verão. O álcool e a elevada concentração de lúpulo serviam como conservantes e as condições ideais de armazenamento asseguravam que esta cerveja ficasse perfeita para se beber, o tempo ajudava no seu amadurecimento e durante o verão ficava em condições ideais para consumo. É muito provável que se tornava excelente perto do fim do verão, quando o lúpulo teria “se acalmado” ainda mais na cerveja e as características maltadas ficavam mais presentes. Em Outubro, no entanto, após o ano da colheita de cereais, os últimos barris das cervejas Märzen tinham que ser consumidos, para que os preciosos barris pudessem receber a nova temporada de “cervejas frescas”. Acontecia daí uma pressão sobre as pobres almas medievais para evacuar os necessários barris às pressas, e o conceito de Oktoberfest surge quase que automaticamente, por isso que esta cerveja Märzenbier é mais comumente conhecida como Oktoberfestbier.

Depois disso com a expansão no século XIX dos métodos científicos para elaboração de cerveja incluindo melhor controle sobre o malte utilizado, controle do fermento, filtração e refrigeração, todos poderiam agora degustar cervejas de qualquer estilo em todas as épocas do ano, não é necessário mais produzir cerveja só durante a estação fria. Assim, hoje no Brasil temos disponíveis alguns exemplares deste estilo de cerveja que muita história possui. Resolvi colher as quatro marcas disponíveis no mercado para degustar, o resultado é que todas mantêm uma fidelidade incrível ao estilo, no entanto que se torna bem difícil querer compara-las, são ótimas cervejas e infelizmente ficaram faltando apenas a Augustiner e a Hacker-Pschorr que não são importadas para o Brasil, em relação as outras quatro, segue impressões:




Cerveja: Paulaner
Apresentação: Garrafa 500ml.
Tipo: Oktoberfestbier / Märzen
Álcool: 6%
Cor: Dourado intenso, leve turbidez, brilhante.
Espuma: Boa formação, duradoura.
Aroma: Malte intenso, lúpulo.
Paladar: Médio corpo, lúpulo, malte, notas leves álcool, agradável amargor, média carbonatação, sensação residual maltada.


Cerveja: Hofbräu München
Apresentação: Garrafa 500ml.
Tipo: Oktoberfestbier / Märzen
Álcool: 6,3%
Cor: Dourado intenso, limpa, brilhante.
Espuma: Boa formação, duradoura.
Aroma: Malte, lúpulo, floral.
Paladar: Bom corpo, lúpulo, malte, ligeiramente seca, boa carbonatação, sensação residual bem equilibrada entre malte e amargor.


Cerveja: Spaten
Apresentação: Garrafa 500ml.
Tipo: Oktoberfestbier / Märzen
Álcool: 5,9%
Cor: Dourado intenso, limpa, brilhante. ( Mais escura que as outras)
Espuma: Boa formação, duradoura.
Aroma: Malte, leves notas de lúpulo.
Paladar: Médio corpo, lúpulo, malte, leve doce, média carbonatação, sensação residual seca.


Cerveja: Löwenbrau
Apresentação: Garrafa 500ml.
Tipo: Oktoberfestbier / Märzen
Álcool: 6,1%
Cor: Dourado intenso, leve turbidez, brilhante.
Espuma: Boa formação, duradoura.
Aroma: Malte intenso, lúpulo.
Paladar: Médio corpo, leve nota álcool, agradável amargor, média carbonatação, sensação residual maltada

segunda-feira, 14 de julho de 2008

James Boag´s Premium Lager

James Boag's Premium Lager se tornou uma cerveja prestigiada na Austrália, assim com sua irmã Boag´s Draught na qual pude degustar aqui, ganhou reconhecimento e prêmios pelo mundo desde o seu lançamento em 1994 é produzida pela cervejaria J.Boag & Son da Tazmania e ainda não é encontrada a venda por aqui.
James Boag's Premium Lager segue o estilo europeu para lager, é fermentada a uma temperatura inferior a maioria das lager australianas e demanda um período prolongado de maturação. Abaixo segue impressões.

Cerveja: James Boag’s
Apresentação: Garrafa 375ml.
Tipo: Premium Lager
Álcool: 5%
Cor: Dourada, limpa, brilhante.
Espuma: Boa formação, queda lenta, duradoura.
Aroma: Um leve metálico, notas malte com um toque de lúpulo.
Paladar: Médio corpo, média a baixa carbonatação, malte, amargor agradável, sensação residual seca.
Comentário: Boa cerveja, bonita apresentação (embalagem e rótulo) porém poderia ter aroma mais pronunciado e maior presença de malte, deixando com um pouco mais de corpo e menos seca.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A Dama do Lago

A cervejaria Eisenbahn junto a Revista Beer organizaram o I Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn, em novembro de 2007, que elegeu a melhor produção caseira, o ganhador teria direito à produção de 3.000 litros na fábrica da Eisenbahn. E como não é novidade para ninguém, o campeão foi o Leonardo Botto, com sua maravilhosa Belgian Dark Strong Ale, a Dama do Lago, que tem seu lançamento oficial hoje.


E no mês de Maio, Botto veio a fábrica a fim de acompanhar a produção junto ao Sr. Gerhard, mestre cervejeiro da Eisenbahn, em um dia muito intenso, pude ir lá conferir o preparo, um imprevisto aconteceu na filtragem do mosto, era tanto malte que tiveram que fazer um trabalho manual para mexer no bagaço e a filtragem voltar a ocorrer normalmente, um ciclo que demora em média 6 horas para preparo de uma cerveja, para a Dama do Lago foram 10 horas, a cerveja ficou complexa até no preparo, mas o resultado é delicioso.


Uma cerveja de cor hipnotizante, espuma densa, um ótimo drinkability, apesar de sua potência com 9% de álcool, ele não é percebido, seu final seco deixa a boca sedenta por mais um gole, e as notas delicadas frutadas deixaram bem equilibrado este conjunto que é acondicionado em uma garrafa de 375ml. como as de champagne, com rolha, agregando ainda mais charme a cerveja, o detalhe é que a Eisenbahn ainda não definiu se a Dama do Lago ficará em linha, se será sazonal ou se irão fabrica-la novamente e o grande lance é que se tornou limitada, pois só temos 6500 garrafas disponíveis e o depois é um mistério. Enquanto não temos a definição, tive o prazer de degusta-la junto ao Sr. Gerhard e Sr. Jarbas que não escondiam a alegria pelo resultado, abaixo segue impressões:


Cerveja: Eisenbahn – A Dama do Lago
Apresentação: Garrafa 375ml c/ rolha.
Tipo: Belgian Dark Strong Ale
Álcool: 9%
Cor: Rubi, avermelhada, baixa turbidez, brilhante.
Espuma: Boa formação, queda lenta, duradoura.
Aroma: Malte, leve frutado, cravo, notas lúpulo.
Paladar: Bom corpo, malte, notas adocicadas, leve acidez, frutas vermelhas, quente devido ao álcool, sensação residual seca.
Comentário: Excelente cerveja, com ótimo drinkability devido ao ótimo equilíbrio dos ingredientes, a segunda fermentação na garrafa acrescentou muito a cerveja, e com certeza vale a pena arriscar a guarda, apesar de ter bem definido aroma e paladar, parabéns ao Leonardo Botto e a Eisenbahn pela produção, e que seja a primeira de muitas.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Christoffel Bier

A Cervejaria St. Christoffel pode ser considerada “nova”, pois foi fundada em 1986. Está situada em Limburg, estado Holandês. A cervejaria começou com pequenas produções e comercializando regionalmente, em 1995 a cervejaria mudou-se para a sua nova instalação em um local próximo, com maior capacidade de produção que a anterior, expandido sua comercialização nacionalmente e conseqüentemente internacionalmente.

As cervejas da Christoffel seguem a "Reinheitsgebot“ parece até estranho em um país como a Holanda, que tem mais próxima a tradição Belga na produção de cervejas, ter uma cervejaria que segue a Lei Alemã de Pureza, entretanto isso não alterou em nada a ótima qualidade dos produtos da cervejaria, no entanto que a Christoffel Blond já ganhou alguns prêmios.

As Cervejas Christoffel não são filtradas e nem pasteurizadas. Pois eles acreditam que assim o caráter excepcional do sabor e aroma de Christoffel será preservados. Devido ao fato da cerveja não ser filtrada, há uma considerada turbidez, entretanto ela fica sedimentada no fundo da garrafa, mas quando é colocado no copo, uma “neblina” aparece na cerveja. Caso não queira este sedimento na cerveja, aconselha-se guardar a garrafa na posição vertical por algum tempo antes de servir e quando servir deixar um dedo do líquido no fundo da garrafa.

O interessante destas cervejas é que são da família Lager, nenhum dos três estilos é de alta fermentação, porém todas trazem fortes personalidades e fidelidade a Reinheitsgebot, além claro, das embalagens com “flip-top” dando ainda mais charme ao produto, teremos outra embalagem disponível no Brasil e com certeza agregará muito a produção caseira, é a embalagem de 2 litros, lembrando um Biersiphon comumente utilizado pelas cervejarias alemãs e que é possível encontrar em algumas cervejarias do Brasil. Ele possui uma tampa de cerâmica e feito todo de vidro, é uma grande aquisição para colecionar, colocar produções caseiras, ir buscar chopp em alguma fábrica ou até mesmo deixar no bar de casa, já que é muito bonito, a importadora Uniland é quem está nos prestigiando com estas maravilhas e que já está sendo comercializado em pontos de venda no Brasil, agradecimentos ao Mario Reuter pela força. Abaixo impressões das ótimas cervejas produzidas, e com certeza vale a pena experimentar.

Cerveja: Christoffel Bier
Apresentação: Garrafa 330ml c/ flip-top.
Tipo: Bohemian Pilsen
Álcool: 6%
Cor: Alaranjada, turva, brilhante.
Espuma: Boa formação, queda lenta, duradoura.
Aroma: Lúpulo, cítrico, malte, cereais, floral.
Paladar: Bom corpo, malte no inicio depois uma carga de lúpulo, amargor persistente, leve doce, sensação residual adstringente e seca.
Comentário: Excelente cerveja, das três degustadas foi a que mais me agradou, apesar de ser um lager a cervejaria a chama de Blond devido a sua cor, porém sabemos que as Blond belgas são Ales, creio que se caracterize mais para uma tradicional Pilsen com presença marcante de lúpulo e malte, o lúpulo mais destacado tanto no aroma como no paladar, entretanto o malte vem e equilibra o conjunto.

Cerveja: Christoffel Robertus
Apresentação: Garrafa 330ml c/ flip-top.
Tipo: Munique
Álcool: 6%
Cor: Marrom, tons avermelhados, turva, brilhante.
Espuma: Boa formação, média duração.
Aroma: Malte, doce, caramelo, notas de lúpulo, fermento.
Paladar: Bom corpo, boa carbonatação, malte, torrefação, doce, caramelo, fermento, baixo amargor, sensação residual agradavelmente doce.
Comentário: Outra excelente cerveja, com um ótimo drinkability, com tons agradáveis de doçura residual, além da bela cor e equilíbrio, mas para o estilo poderia ter um pouco mais de amargor.

Cerveja: Christoffel Bok
Apresentação: Garrafa 330ml c/ flip-top.
Tipo: Bock
Álcool: 7,8%
Cor: Rubi, avermelhada, turva, brilhante.
Espuma: Boa formação, duradoura.
Aroma: Malte, toffe, doce, caramelo.
Paladar: Bom corpo, doce residual, leve torrefação, caramelo, fermento, baixo amargor, álcool, sensação residual levemente seca com notas adocicadas.
Comentário: Sou suspeito para falar do estilo, pois sou fã, possui uma boa dose de malte como uma Bock deve ter, amargor leve e de acordo com estilo. A cerveja possui adocicado residual porém não é demasiado, é equilibrado, acho que possui bem as características de um bom exemplo de bock alemã.

Mais informações: Uniland

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Baden Baden Weiss


Desde de que a Cervejaria Baden Baden foi adquirida pelo Grupo Schincariol muito se sondou sobre alteração de produtos, diminuição nos estilos e até mesmo a extinção de lançamentos. Após um ano e meio a compra, não foram percebidos atitudes drásticas por parte da grande Companhia Schincariol, talvez uma única grande perda foi a do Mestre Cervejeiro Carlos Oswaldo Hauser, apesar disto, percebe-se que a qualidade foi mantida e agora os lançamentos começam a surgir. A Baden Baden tem 03 estilos sazonais, um deles é a Celebration de Verão, que era considerada uma Weiss, mas com pouca personalidade baixo aroma e sabor, agradando a poucas pessoas, talvez por isso resolveram lançar uma Weiss de verdade, com fortes traços aromáticos, turva e espuma consistente, trazendo novas esperanças para aqueles que tinham a Baden Baden como a galinha dos ovos de ouro no mercado cervejeiro nacional, e detalhe que tem mais cerveja vindo por ai, em breve mais detalhes. A Weiss já começou a ser vendida, e logo estará em diversos pontos de venda, abaixo impressões.


Cerveja: Baden Baden
Apresentação: Garrafa 600ml.
Tipo: Weiss
Álcool: 5,2%
Cor: Dourado, turva, brilhante.
Espuma: Boa formação, duradoura.
Aroma: Doce, cravo, leve banana, malte.
Paladar: Médio corpo, baixo amargor, cravo, banana, boa carbonatação, leve acidez, sensação residual refrescante e levemente adocicada.
Comentário: Se comportou muito melhor que a companheira Celebration de Verão, apresentou-se refrescante, com notas mais puxadas para cravo do que para banana, entrará em linha da Baden Baden e creio que logo estará nos pontos de venda.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Revista Beer Life

Ontem tivemos mais um momento a ficar gravado na história da Cultura Cervejeira Nacional, o lançamento de uma ferramenta importantíssima na educação cervejeira, a Revista Beer Life, que ocorreu no popular bar paulistano Frangó. A Revista é uma publicação especializada em cerveja, abordando de diversas formas o tema, tratando sobre Gastronomia, História, Festivais, Concursos, Cultura e Educação cervejeira.
O projeto todo começou em uma degustação de cervejas que a mestre-cervejeira Cilene Saorin ministrava e por lá estava Ubiratan Sennes, diretor comercial da Editora Reggenza, que após um bate papo com Cilene resolveram se reunir outras vezes e montar o projeto da revista, e passado alumas reuniões e encontros nasceu a Beer Life


A frente do time de repórteres e colaboradores está o jornalista Juliano Polimeno além de um Conselho Editorial de peso, com nomes que fazem e acontecem no mundo cervejeiro, como Conrad Seidl (O Catecismo da Cerveja), Dick Cantwell da Elysian Brewing Company, autor de diversos artigos e do livro sobre o estilo Barley Wine, o prestigiado Garret Oliver da Brooklyn Brewery, Jens Eiken mestre-cervejeiro da Jacobsen e "pai" da Jacobsen Vintage Nº1, Lucy Saunders, Richard Boughton, Wolfgang Stempfl, Rosa Moraes, Cássio Piccolo (FrangÓ) e o gente boa e mestre-cervejeiro Paulo Schiaveto.

Os mentores da Revista: Ubiratam Sennes e Cilene Saorin.


Será uma publicação trimestral em 2008 e bimestral no ano de 2009, e começa a ser distribuída em pontos de venda a partir da próxima semana.

É evidente que a cena cervejeira no Brasil não tem volta e cada vez mais temos ferramentas para estudar, educar e aprender sobre este maravilhoso líquido, a noite de ontem demonstra também a união e força de todos para que esta cena seja maior e consistente. Tínhamos mestre cervejeiro, empresários do setor, proprietários de micro cervejarias, todas as importadoras de cerveja marcaram presença, cervejólogos, homebrew e até mesmo o Presidente e Diretor da Hofbräu München que estavam junto com o pessoal da Bier & Wein importadora.


Os companheiros militantes Marcelo Carneiro da Rocha da Cervejaria Colorado, Eu, Juliano Mendes da Eisenbahn, Fabiano beer sommelier do FrangÓ e o Ubiratam Sennes da Beer Life.


O oBIERcevando agradeçe a Cilene e Ubiratam pela idealização da Beer Life, ao Marcelo Carneiro, Rodrigo Nikima e Flavio da Cervejaria Colorado, Juliano Mendes, Mario Reuter da Uniland, Maurico da On Trade, ao Paulo Schiaveto, Marcelo da Bier & Wein e a todos os outros amigos que estiveram prestigiando o evento.


Mais informações e assinaturas: http://www.beerlife.com.br/