terça-feira, 25 de setembro de 2007

Cerveja J & S


Com muita simpatia o oBIErcevando "chegou" até Pirangi no interior de São Paulo e teve a oportunidade de conversar com o Sulivan, um dos pais desta cria, o outro pai é o Jaime, os dois após um curso de Homebrew, colocaram em prática a arte de produzir cerveja, e o palco escolhido foi a chácara da família de Sulivan, e daí nasceu a cerveja J&S, iniciais dos nomes, e que vem trazendo elogios. Diz a lenda, que já chegaram a pagar até 30 reais por uma garrafa em um leilão de uma festa, foi em uma cidade próxima a Pirangi.
Interessante é que é uma cerveja puro malte, fizeram questão de selecionar bem os ingredientes utilizados, e já existem planos de profissionalizar a produção, esperamos.

Cerveja: J & S
Tipo: Lager
Álcool: Não informado
Apresentação: Garrafa 600ml.
Cor: Dourada opaca, translúcida.
Espuma: Média formação, média duração.
Aroma: Fermento, notas doces, frutas, leve malte.
Paladar: Médio a baixo corpo, ligeira, boa carbontação, e sensação residual levemente amarga.
Comentário: Boa cerveja, talvez com alguns ajustes fique melhor ainda, sem dúvida vale a pena experimentar.

Mais informações, e compra através do e-mail cerveja_artesanal@yahoo.com.br , e no orkut http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=38220957

domingo, 23 de setembro de 2007

"O mala dos amigos" - Quilmes

Como já comentado em outro post a cervejaria Quilmes foi fundada em 1888 pelo imigrante alemão Otto Bemberg e recebeu este nome porque foi fundada na Cidade de Quilmes, depois se consolidou na Argentina como um império cervejeiro, que controla 75% da cerveja consumida no país.O grupo Inbev, que começou em 2002 a compra da cervejaria, possuía 56,7% e através de uma oferta milionária a família que ainda tinha ações na companhia, passou para 91,18% a sua participação na Quilmes.
Foram degustados três tipos produzidos pela cervejaria, a clássica Pilsen, e os outros dois estilos lançados a cerca de dois anos, Stout e Bock, ambos levam cereais não maltados, e caramelo na composição. Dentre os três estilos, o que mais apresentou sabor e característica própria do estilo foi a bock, segue abaixo a degustação.

Cerveja: Quilmes
Estilo: Pilsen
Apresentação: Long Neck 330ml
Álcool: 4,9%
Cor: Dourada, brilhante.
Espuma: Boa formação, bolhas grandes, média a baixa duração.
Aroma: Fraco, notas de cereais bem ao fundo.
Paladar: Ligeira, bem carbonatada, e sensação residuaresidual levemente amarga.
Comentário: Uma Pilsen sem muito diferencial da Pilsen industrial brasileira.

Cerveja: Quilmes
Estilo: Stout
Apresentação: Long Neck 330ml
Álcool: 4,8%
Cor: Escura, tom avermelhado escuro.
Espuma: Média formação, duradoura, escura.
Aroma: Notas doces, caramelo, torrado bem leve.
Paladar: Levemente doce, médio a baixo corpo, baixo amargor e sensação residual de caramelo.
Comentário: Stout de baixo amargor, quase imperceptível, a sensação de malte torrado, se apresenta muito leve tanto no gosto, quando no aroma.


Cerveja: Quilmes
Tipo: Bock
Alcool: 6,3%
Apresentação: Garrafa de 355ml
Espuma: Boa Formação, persistente.
Cor: Rubi
Aroma: Cereais, caramelo, lúpulo, doce.
Paladar: Bom corpo, álcool, caramelo, sensação residual equilibrada entre o doce, talvez do açúcar residual, e o amargor.
Comentário: A melhor entre as três degustadas, pois se apresentou mais fiel ao estilo, e por também possuir melhores característica do que as outras, como corpo, aroma, e espuma.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Risoto de Palmito e Parmesão com Medalhões Suínos

Ando percebendo, como arduamente estamos batalhando pela cultura cervejeira no Brasil, e com a busca de informações, conhecimentos, referências se desdobra ainda mais o imenso universo da cerveja, um dos trabalhos de muita consistência e digno de reconhecimento é o da Eisenbahn, de levar ao conhecimento de todos a harmonização de comidas com cerveja. Tão digna e mais prazerosa é a visita ao blog do Edu Passarelli que não para de evoluir com suas receitas, harmonizadas com as mais diversas cervejas do mundo, um trabalho muitíssimo bem feito.
Por ter uma esposa gourmet, ela em constante busca do conhecimento gastronômico, e eu na interminável busca pelo conhecimento cervejeiro, já estava mais do que hora de unirmos forças, e também dar uma pequena contribuição no mundo da harmonização com cerveja. Apesar de já ter feito outras, resolvemos desenvolver ainda mais o trabalho.
O prato feito foi um Risoto de Palmito e Parmesão com Medalhões Suínos, acompanhado de uma Old Speckled Hen, cerveja inglesa já a algum tempo no Brasil, porém só recentemente está sendo comercializada em garrafas de 500ml.
O prato apresenta cremosidade, e a carne devidamente preparada, manteve todo o sabor que só a carne suína tem, a cerveja trouxe tons caramelizados, levemente frutado que em contrapartida tinha a leve cremosidade do risoto como parceiro, e se encaixou um ao outro, em compensação o final amargo que a cerveja trazia, vinha de frente com a carne de porco, ambos de gostos pronunciados, mas de perfeito agrado para a harmonia, nada se sobressaia.
Sem dúvida, aprendemos que a refeição, com uma cerveja bem escolhida para harmonizar, aumenta e muito o prazer de comer.

domingo, 16 de setembro de 2007

Último Gole


Eisenbahn
A Eisenbahn vem com boas notícias, a primeira é que a Fünf, ou Cinco, a cerveja desenvolvida para o aniversário da Cervejaria, do tipo Vienna, que passa pelo processo do Dry hopping, que confere a cerveja uma característica lupulada, tanto no aroma quanto no paladar, será o 12º produto de linha da cervejaria, sendo produzida o ano inteiro, ótima noticia.
A outra é que a já consagrada LUST vem em nova embalagem, ela será vendida também em garrafas de 375ml, facilitando o acesso a quem tem curiosidade em experimentá-la, e mais uma novidade é que a LUST terá uma edição especial, a “Safra 2006”, uma edição que ficou um ano maturando, desenvolvendo novos aromas, e sabores.


AlpenBier
Infelizmente agora é para valer, a cervejaria AlpenBier está oficialmente encerrando a produção de cerveja, diga-se a Cervejaria, pois o restaurante que existe no local continua com suas atividades, em conversa com Uwe um dos proprietários, o fechamento se deve aos altos impostos pagos, e triste justifica que o fechamento se deve meramente por questões financeiras, o equipamento será posto a venda, é um equipamento Húngaro, igual da cervejaria Borck, aqui de Timbó, capacidade para 8.000 l. e quem quiser arrematar, pode de quebra levar o nome da cervejaria junto. Mais informações no tel. ( 47 ) 3633-6290.


Bamberg
As notícias também que vem desta cervejaria, de Votorantin em São Paulo, são animadoras, lançaram meses atrás uma cerveja do estilo Alt Bier, e pelo que informou Alexandre Basso um dos proprietários, teve uma aceitação muito boa, e aproveitando o embalo já está maturando o outro estilo de cerveja deles, trata-se de uma Kölsch, as receitas são formulada pelo Mestre Matthias Reinold.
Mas se você pensou que terá que ir até Votorantin para experimentar a Pilsen, a Munchen, a Weiss, a Alt ou a Kölsch, seus problemas acabaram a cervejaria já está começando os testes da máquina para engarrafamento, provavelmente até o final deste ano será possível encontrar a Bamberg em pontos de venda especializados, uma boa pedida, tive a oportunidade de experimentar três tipos na Brasil Brau, o pilsen, o munchen e a weiss, aguardemos ansiosos por mais esta conquista da cervejaria.


Acerva Carioca
No próximo dia 29 de setembro, sábado, será realizado o II Concurso Nacional de Cervejas Artesanais, promovido pela ACervA Carioca , a associação de cervejeiros artesanais do Rio de Janeiro. Será realizado no espaço Joá 3000 .
O evento será aberto ao público a partir das 13:00 hs, e durante todo o dia será servido um farto churrasco, buffet de frios e comidas típicas alemãs. Para beber, teremos à disposição cerca de 30 variedades de cervejas especiais, sendo cerca de 20 fabricadas pelos próprios membros da Acerva e outra dezena pelos patrocinadores, tais como as cervejarias Colorado, Bamberg, Devassa, Eisenbahn, Falke Bier e Weihenstephan. Tudo liberado, por um preço módico de R$50 o ingresso.
Se alguém tiver interesse, os convites e mais informações estão no site da ACerva Carioca, ou em contato pelo e-mail contato@acervacarioca.com.br
Convido-os a irem torcer, degustar as cervejas participantes e as outras que estarão disponíveis. Com certeza será um evento a ficar marcado, e entrar para história da cultura cervejeira nacional. O oBIERcevando com certeza não vai ficar de fora.


Great British Beer Festival
O festival que aconteceu no mês de Agosto, é um dos maiores festivais de cerveja do mundo, até por que, é o Festival do CAMRA, uma organização britânica que defende sua tradição cervejeira e as cervejarias no Reino Unido, a organização surgiu na década de 70 quando dois amigos freqüentando pubs e cervejarias começaram a notar que as cervejas estavam começando a perder o sabor, estavam ficando muito parecidas e cada vez mais se perdia a tradição da cerveja inglesa, hoje o Camra conta com 80.000 sócios pelo mundo, principalmente na Europa, são ativistas pela cultura cervejeira do país, pois se alguma micro cervejaria for comprada ou ameaçada de ser comprada por macro cervejarias, eles estarão lá defendendo e fazendo campanha para ajudar.
A trigésima edição do festival é um tanto diferente para quem está acostumado com poucos estilos e está fechado a experimentar novos sabores, aromas, porque é o Festival do Camra que defende a Campaign for Real Ale, e o que é Real Ale? Segundo Juliano que esteve por lá, Real Ale é o seguinte, é feito o mosto cervejeiro, daí ele é colocado em barris, e dentro dos barris é adicionada à levedura, e colocado geralmente em “salas” embaixo dos pubs, que ali passam por uma maturação, e depois é servido nos pubs, e neste caso os barris foram levados ao festival, e detalhe, não se pode utilizar gás para extrair a cerveja do barril, tem que literalmente “bombear” o líquido, como se estivesse tirando água do poço, o resultado disso é uma cerveja com pouca espuma, com uma carbonatação praticamente inexistente, teor alcoólico baixo e servido em temperatura de 14º a 20º.
Detalhe que só assim as cervejas participam do festival, tem balcão com uma infinidade de chopeiras de pequenos produtores, e também há o Bières Sans Frontières um bar dentro do festival que vende diversas cervejas, de diversas partes do mundo, inclusive do Brasil, neste ano representado pela Eisenbahn, porém é interessante ressaltar que a cerveja engarrafada britânica tem exemplares únicos dignos da honras da Rainha. Por isso o Camra é uma organização mundialmente reconhecida por todos os seus méritos.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Entrevista com Marcelo Carneiro da Cervejaria Colorado

Ribeirão Preto foi fundada em 19 de Junho de 1856 a partir de núcleos fazendeiros de criação de gado, Ribeirão Preto se destacou no setor cafeeiro, o qual foi arruinado com a crise de 1929, fica distante 313 quilômetros a noroeste da capital paulista, é um dos mais importantes centros urbanos do interior do Estado de São Paulo, exercendo atividades importantes como o cultivo e a industrialização da cana-de-açucar. Possui um campus da Universidade de São Paulo (USP), com excelente centro de pesquisas científicas e de atendimento médico.
Localizada em um edifícil histórico no centro está uma das mais tradicionais choperias do Brasil, a Choperia Pinguim, , que comercializava o chopp produzido na extinta fábrica da Antarctica, que já foi considerado por muitos uma das melhores cervejas produzidas.

Mas também é palco da cervejaria Colorado, do Marcelo Carneiro da Rocha, que trabalhou muito tempo na indústria Farmaceutica da familia, que foi vendida este ano, no início o negócio da cervejaria era familiar, porém Marcelo foi quem mais se interesou pelo assunto, e com o tempo foi adquirindo as partes da familia e hoje está a frente do empreendimento.
Recentemente o mestre cervejeiro foi ao Great British Beer Festival, atualizar-se e fazer a divulgação da Cervejaria em terras estrangeiras.
A Colorado esta há 12 anos no mercado, quando começou, 9 estilos de cerveja eram produzidos,
hoje em dia produz 3 estilos, uma Pilsen, Weiss e a IPA, estas que estão sendo engarrafas e provavelmente em um mês já estarão em alguns pontos de venda em Ribeirão inicialmente, e depois para o restante do país, segue abaixo uma entrevista com Marcelo, degustem-a sem moderação.

oBIERcevando - Conte nos como surgiu o nome Colorado e por que em Ribeirão Preto?
Marcelo Carneiro
- Ia se chamar California mas na ultima hora virou Colorado , nos Estados Unidos este é um estado de água e cerveja boa, aliás foi a qualidade da água e a fama de cidade cervejeira que me trouxeram para Ribeirão Preto.

oBIERcevando - O que é o mercado nacional para a Colorado, ainda é pequeno, ou vem crescendo na medida certa?
MC
- O mercado vem de ano a ano se sofisticando e ficando mais competitivo, infelizmente ainda é pequeno , mas se a economia do Brasil crescer ele explode.

oBIERcevando - Já tentaram guardar, “safrar” uma IPA, para ver se “amadurece” com o tempo? ( O lúpulo é um conservante natural, e o elevado teor alcoolico da cerveja ajudariam a conserva-la )
MC
- Nunca fiz mas seria certamente uma boa idéia, talvez ajudasse também refermentar na garrafa para ver o que dá. O que eu sei é que só começo a gostar da India 15 dias depois de pronta, ela fica mais mansa.

oBIERcevando - Diga-nos um referência no mundo da cerveja e por que?
MC - Vou citar o eterno Michael Jackson que muitos amam ou odeiam. O fato é que o homem escreve bem e fez muito pela divulgação da cultura cervejeira ,agora tem andado muito doente. Espero que ainda fique muito tempo por aqui o mundo precisa de bons escritores e amantes de cerveja. ( A entrevista foi feita antes da morte do BeerHunter )

oBIERcevando - Qual escola cervejeira a Colorado mais se encaixa, na Alemã, Belga, Inglesa ou na recém criada Americana.
MC
- Nenhuma delas a Colorado quer ajudar a criar a verdadeira escola brasileira.


oBIERcevando - Em suas constantes viagens em busca de conhecimento cervejeiro, qual foi a que mais lhe surpreendeu?
MC
- A da Bélgica sem dúvida, porque além das cervejas descobri um pequeno povo, simpático e antenadíssimo em cerveja.



oBIERcevando - Na Pilsen mandioca, na Weiss Mel e na India Pale Ale rapadura, é regionalização, produtos exclusivos ou redução de custos, qual é a grande sacada destas inovações?
MC
- Boa pergunta, na verdade nos ultimos tempos eu vinha me questionando sobre a lei de Pureza que por mais de 10 anos segui. Não seria ela um limitante, um traquejo cultural germânico. Os belgas e americanos fazem tantas cervejas boas usando açucar, ninguém diz que é economia ou jogada de marketing.
Pois eu acho que podemos fazer uma boa cerveja com a nossa cara usando os nossos produtos e ainda por cima gente do mundo todo gostar, é possível e eu estou tentando fazer.

oBIERcevando - A outros estilos em testes na Colorado, teremos alguma novidade em breve? A comercialização das garrafas da Colorado começa quando, já existe um previsão?
MC
- As máquinas já estão aqui, veio uma pequenina manual onde já estamos engarrafando só para Ribeirão Preto. A máquina grande industrial mesmo está aguardando a chegada de um técnico vindo do Canadá.

oBIERcevando - O programa Bytes and Beer, que você apresenta com o José Virgilio (Pratinha), como surgiu, já aconteceu algum fato inusitado durante as gravações?
MC - Surgiu de um papo deste de botequin entre amigos, aliás só começamos a filmar este papo que não parou desde então. As gravações são hilárias pricipalmente quando fazemos vários programas num dia.

oBIERcevando - E a Associação da Micro Cervejarias do Brasil, ainda está ativa, qual foi o ultimo trabalho desenvolvido, e se agora com este “boom” de micro cervejarias no Brasil ela será mais ativa?
MC
- Acho a associação necessária, ajudaria a relevanta-la mas não como presidente (Marcelo já foi presidente da entidade), o mercado está ficando mais que maduro. De minha parte tenho que me concentrar no meu quintal mas ajudaria quem tivesse tempo e dedicação a causa.

oBIERcevando - Qual sua visão, já a algum tempo no mercado cervejeiro nacional, sobre a aquisição de algumas micro cervejarias, que vieram depois da Colorado, serem adquiridas por grandes grupos cervejeiros, isso dá descrédito ao mercado, será que as micro não irão durar, as grandes corporações irão engolir todos novamente?
MC
- Acho que não foi tão ruim estas micros terem sido vendidas , o mercado é assim mesmo, outras tantas micros abrirão, algumas fecharão, o importante é haver variedade e liberdade de escolha. Depois para cada micro que fecha ou muda de lado, existem dez homebrewers querendo abrir a sua.

oBIERcevando - A pergunta de praxe, que outra cerveja além da Colorado, que você goste, poderia estar tomando agora?
MC - Qualquer uma do Zé Virgílio ( Pratinha ), do Botto ( Botto Bier ) ou do Ricardo Rosa ( Cervejarte ).


Mais informações no site: http://www.cervejariacolorado.com.br/

Agradecimentos ao Edu Passarelli por ter cedido as fotos.

domingo, 9 de setembro de 2007

Cerveja Antares

Três jovens empresários lançaram a primera marca de cerveja artesanal de Mar del Plata.
A produção de cerveja artesanal na Argentina se consolida cada vez mais no mercado.
Mariana Rodríguez, Leonardo Ferrari e Pablo Rodríguez criaram em 1998 a primeira marca de cerveja artesanal em Mar del Plata: Antares.
Ferrari conta que "a idéia nasceu com a evolução de um hobby que compartilhava junto a Mariana, e Pablo, a fabricação de cerveja artesanal".
Uma viagem aos Estados Unidos em 1994 foi a porta de entrada para que Ferrari e sua esposa ingresassem para o mundo da fabricação de cerveja artesanal.
No regresso a Argentina em 1996, continuaram com suas atividades profissionais, Ferrari é Engenheiro Químico, e Mariana desenhista industrial, mas desde então, sempre continuaram interessados pelo empreendimento.
“A partir daquele momento fomos aprendendo tudo sobre a fabricação de cerveja", revela Ferrari, matérias primas, estilos e história foram algumas das coisas que mais pesauisaram sobre cervejas.E foi nesta época que se juntou ao projeto Pablo Rodríguez, amigo de Ferrari e também Engenheiro Químico.
Os empresários marplatenses contam que o produto despertou um interesse e aceitação tão grande entre seus conhecidos e familiares, que o passo da comercialização da cerveja artesanal se dava por obrigação. "Foi tanta a insistência por parte de nossos amigos para que comercializássemos a marca que decidimos vender a alma ao diabo e profissionalizamos nosso hobby”.
O desejo de sair e ganhar mercado levou os empresários a transformar um pequeno galpão, próximo a Mar Del Pata em um moderno brewpub (bar com elaboração de cerveja no local), e daí em 1998 foi fundada a Cervejaria Antares. Atualmente Antares, produz mensalmente por volta de 45.000 litros de cerveja, cifra que os empresários estimam aumentar em breve.

As cervejas Antares são produzidas sem nenhum tipo de aditivo químico ou cereais não maltados, hoje são sete variedades de cervejas produzidas no local:Kolsch, Scotch Ale, Porter, Cream Stout, Honey Beer, Imperial Stout e a poderosa Barley Wine completam a variedade, porém recentemente foram lançados mais dois tipos em edição limitada intitulada "Seleção do Mestre Cervejeiro" e contou com uma India Pale Ale e uma Tripel, esta última com uma apresentação muito bonita em garrafas de 750ml, rolha, segunda fermentação na garrafa e 9% de álcool. Abaixo degustação de três tipos da Antares.



Cerveja: Antares
Tipo: Kolsch
Apresentação: Long Neck 330ml.
Álcool: 5%
Cor: Dourado opaco, leve turbidez.
Espuma: Boa formação, porém baixa duração.
Aroma: Pão, cereais, malte, notas frutadas.
Paladar: malte, pão, bom corpo, sensação residual levemente amarga.
Comentário: Uma cerveja fiel ao estilo, com notas levemente frutadas, malte presente no sabor e aroma, e seguem a Reinheitsgebot. Muito boa.


Cerveja: Antares
Tipo: Scotch Ale
Apresentação: Long Neck 330ml.
Álcool: 6%
Cor: Rubi, avermelhado, translúcida.
Espuma: Boa formação, branca, duradoura.
Aroma: Toffe, frutado, notas torradas.
Paladar: Bom corpo, álcool, malte torrado, chocolate, e notas ligeiramente frutadas.
Comentário: Mais uma ótima cerveja da Antares, bem equilibrada, o paladar lembra bem a Scotch Silly belga.


Cerveja: Antares
Tipo: Imperial Stout
Apresentação: Long Neck 330ml.
Álcool: 8,5%
Cor: Escura com tons avermelhados.
Espuma: Média formação, queda lenta, fixou no copo.
Aroma: Álcool, malte torrado, notas doces.
Paladar: Álcool, amargor persistente, bom corpo, sensação residual torrada e seca, ótimo equilíbrio, nenhum dos gostos presentes se sobressaiu.
Comentário: Apesar de serem de estilos diferentes, trouxe lembranças da Red Ale, da Baden Baden, uma bela apresentação com rótulo diferenciado, uma boa proposta e ótima cerveja.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Cerveja Original Schlenkerla Smokebeer

Próximo ao velho centro de Bamberg, debaixo de um monastério, encontra-se a taberna histórica Schlenkerla.
A história do edifício da Taberna de Schlenkerla começa junto com a do monastério, que foi fundado no século XV,
entre 1405 e 1615 o edifício foi vendido inúmeras vezes. Durante a guerra dos 30 anos (1618-1648) a casa foi destruída e reconstruída. Os relatórios históricos da época que antecede o ano de 1678 são escassos, mas a partir do ano em que a cervejaria foi fundada tem-se muitos registros da história da cervejaria
Desde 1678 houveram diversos proprietários a frente da cervejaria, em 1877 foi um ano muito importante para a taberna, porque Andreas Graser se transformou no novo proprietário Um pouco "desengonçado" movia seus braços de uma maneira engraçada quando andava, e no dialeto local isto é chamado "schlenkern". E as pessoas começaram a chamar o lugar de Schlenkerla, e o nome pegou, pois a cervejaria a séculos atrás nos registros se chamava "Heller Braü" .
Em 1907 Michael Graser em um bom trabalho com a cervejaria fez mais e mais pessoas visitarem a taberna, e uma parte do monasterio, foi confiscada pelo governo Bávaro.
Em 1960 a parte do taberna que havia sido confiscada foi comprada do estado e a filha de Michael Graser, Elisabeth, e seu marido, Jakob Trum continuaram tocando o negócio. Em 1967 entregaram a cervejaria ao seu filho. E até hoje está funcionando graças a família Trum já na sua 6º geração, e lá é a fonte Original Schlenkerla Smokebeer, desde 1678
A original Schlenkerla Smokebeer, ainda é maturada em barris de madeira dentro da taberna, de acordo com a velha tradição.
Dizem que muitos tentaram descrever Schlenkerla, mas nenhuma descrição detalhada é possível, tem que experimentá-la para compreender!
A Cervejaria produz além da Mäerzen a Schlenkerla original Smokebeer – trigo, a Schlenkerla original Smokebeer – Urbock que fica por meses maturando, e só é vendida de Outubro a Dezembro, e a Schlenkerla original Lentbeer, além disso tem a Schlenkerla original Smokebeerschnapps que é um destilado feito a base da cerveja, o detalhe é que mantém as características defumadas.
Em breve ela estará em alguns pontos de venda do Brasil, com certeza uma boa novidade para o mercado nacional, abaixo as impressões sobre o precioso líquido.

Cerveja: Original Schlenkerla Smokebeer
Apresentação: Garrafa 500ml.
Álcool: 5,1%
Cor: Castanho avermelhado, brilhante
Espuma: Boa formação, persistente e duradoura, formou a "rede" no copo.
Aroma: Defumado, notas doces
Paladar: Malte defumado, notas adocicadas, bom corpo, sensação residual amarga e seca
Comentário: Uma cerveja que ou você a Ama ou a Deixa, possui notas defumadas intensas no aroma e no paladar, tem um amargor no final pronunciado pois permanece na boca, quando se abre a garrafa já é possível sentir o aroma defumado, para quem gosta deste estilo, Rauchbier, é um prato cheio, particulamente meu estilo preferido, excelente cerveja.