quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Ultimo Gole

Minas Beer Fest


O Minas Bier Fest Festival de Cervejas Especiais de Minas Gerais que acontece neste final de semana pretende promover e incentivar as micro cervejarias artesanais do estado, proporcionando aos produtores possibilidade de adquirir novos conhecimentos, negócios e oferecer ao público amplo conhecimento da cultura cervejeira no país. Uma oportunidade especial para realçar a força da cena cervejeira Mineira.
É crescente o apelo em torno das cervejas especiais no Brasil. O momento é propício para consolidar este movimento em Minas, e em Belo Horizonte, que está firmando-se como um dos principais pólos cervejeiros do país. A primeira edição do Minas Bier Fest vai divulgar e fomentar novos negócios envolvendo as cervejas especiais mineiras. São elas: Artesamalt, Backer, Brusk, Falke Bier, Áustria/Krug Bier, Trovense, Wäls e a Acerva Mineira que é a Associação dos Cervejeiros Artesanais de Minas Gerais.
O Evento acontecerá neste final de semana nos seguintes horários: Sexta-feira (31/10) de 18h às 24h, no Sábado (01/11) de 12h às 24h e no Domingo (02/11) de 11h às 20h.
O local do evento é no Domus XX - Br 040 (saída para o RJ - em frente ao Mixx Garden) que fica na Avenida Toronto, n° 20 - bairro Jardim Canadá.
Workshop Cerveja Caseira

Sabado passado ocorreu em Pomerode na Cervejaria Schornstein o workshop realizado pelo pessoal da Acerva Catarinense junto com a Cervejaria, na qual tive a honra de ser um dos palestrantes. O Evento foi um sucesso, dado o número de pessoas que compareceram, vindo de diversas cidades, mostrando que o “hobby” está contagiando bastante gente.
Durante o evento foi produzida uma cerveja do estilo ESB (Extra Strong Bitter) na qual a Opus, do Marco Zimmermann e o Murilo Foltran, ficaram em segundo lugar no Concurso Mestre Cervejeiro da Eisenbahn ano passado, todo o processo de preparo foi feito passo a passo no saguão da cervejaria. Durante as etapas do processo, os palestrantes puderam passar um pouco mais de informações para os participantes, que demonstravam bastante interesse. O Claudio Zastrow é quem ficou encarregado de falar mais detalhadamente sobre os ingredientes e do processo de fabricação em maior escala, depois veio o Raphael Tonera, com sua experiência na panelas, falar um pouco sobre suas produções, detalhar sobre os concursos que participou e do título este ano em MG. E por ultimo eu falei um pouco sobre o mundo da cerveja, sobre as principais escolas, sobre estilos de cervejas mais “incomuns” e sobre a cena cervejeira no Brasil.
Foi um dia de muito aprendizado e troca de experiências e brindes, foram sorteados aos participantes as três trapistes Westvleteren (6,8,12) gentilmente trazidas pelo Claudio Zastrow e um Kit para fazer cerveja da Brasil Ways.
E claro agradecer a equipe da WE consultoria que gentilmente participou e trouxe insumos para o preparo da cerveja. Uma tarde muito boa e que trouxe mais pessoas para este lado da força. Parabéns a todos pelo evento, devido ao sucesso em breve ocorrerá outro, mais informações no decorrer das semanas.


Campanha Bavaria Premium

As poucas cervejas industriais que ainda tem algo a mostrar no Brasil, fazem parte sim, do dia a dia da maioria dos cervejeiros de plantão. A Bavaria Premium é uma delas, se ela mudou? Talvez só o mestre cervejeiro encarregado de sua produção saiba.
A cerveja está com uma nova campanha no ar para divulgar a marca, conta com um site e também um blog aonde foram escalados seis blogueiros dos mais variados assuntos, conhecidos por fazerem posts com qualidade “premium”, assim como a cerveja. O blog é apenas patrocinado pela cerveja, eles não tem obrigação nenhuma de falar bem da cerveja em questão.
Por último houve a reformulação do site da bavária premium, com uma navegação bem
interessante e bonita, vale a pena conferir aqui.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ultimo Gole - Extra


COMUNICADO DE INDIGNAÇÃO
Movimento “Quem é você que não sabe o que diz”

A Cervejaria Colorado vem a público manifestar sua indignação ao comentário maldoso, pouco ético e sem fundamento emitido pelo mestre-cervejeiro da Guinness, Sr. Fergal Murrey, em relação à cerveja brasileira.

Agora que a Europa está em crise, parece que as grandes cervejarias estrangeiras começam a ter um grande interesse no nosso mercado. Semana passada esteve em São Paulo o cervejeiro da Guinness Sr. Fergal Murray “a convite” da multinacional DIAGEO, para ensinar brasileiro a beber cerveja, a deles.

Foi ao Anhanguera, que só vende cervejas artesanais brasileiras, e com uma careta qualificou a cerveja Demoiselle, da Cervejaria Colorado, como “É café, gelo e álcool”. Oras bolas, Sr. Murrey! Gosto à parte, mas paladar é fundamental nesta nossa jornada de cervejeiro. Preferimos acreditar que fôlego lhe faltou neste maravilhoso tour beergastronômico pelo Brasil. Pior ainda foi que o comentário saiu publicado no Jornal da Tarde do último dia 21/10/2008, sob o título “Em busca da loira perfeita”.

Em resposta a este palpite infeliz do Sr. Fergal Murray, fazemos questão de manifestar nossa indignação e desrespeito à cerveja brasileira, que com muita luta vem criando sua própria escola, com muita garra, perseverança e dedicação das micro-cervejarias.
O referido palpite do Sr. Murrey não surtiria tanta indignação se viesse de uma observação isenta, mas o texto já desde o título dita idéias eugênicas (“Em busca da loira perfeita”, como se toda cerveja fosse loura e alguma delas perfeita), e segue num tom abertamente colonizador com o cervejeiro, pretendendo ensinar o repórter a beber, ser homem e assumir o controle. Rechaçamos com veemência esse tipo de postura.

Quem nos lê sabe que a Cervejaria Colorado é brasileira com muito orgulho, e utiliza os melhores ingredientes somados a toda criatividade de profissionais respeitados e premiados no segmento para elaborar seu portifolio. E a Colorado não faz só a Demoiselle, faz vários outros tipos de cerveja usando maltes e lúpulos, é claro, mas também ingredientes tipicamente regionais, como o mel de laranjeira, a mandioca, a rapadura e o café. Isso nos difere das estrangeiras, está fazendo com que nossas vendas aumentem a cada dia, e o mais importante, estamos agradando e construindo o paladar brasileiro para as cervejas premium. Será que é isso que aflige a produção massificada a ponto de ser recebermos comentários nada éticos como o do Sr. Murrey?
Então, como ninguém da Cervejaria Colorado vai à Irlanda espinafrar por escrito as cervejas irlandesas, resolvemos dedicar um sambinha ao Sr. Murray:
PALPITE INFELIZ
(CANÇÃO ADAPTADA de Noel Rosa, em honra a Ricardo Rosa, autor da Demoiselle)
Quem é você que não sabe o que diz?
Meu Deus do Céu, que palpite infeliz!
Salve Dado, Bamberg, Falke
Wals e o Schmitt
Que sempre souberam muito bem
Que a Colorado não quer abafar ninguém,
Só quer mostrar que faz cerveja também
Fazer cerveja em Ribeirão é um brinquedo
Temos bons chopes sabe até o arvoredo
Eu já chamei você pra ver
Você não viu porque não quis
Quem é você que não sabe o que diz?
A Colorado é uma cervejaria independente
Que tira chope, mas não quer tirar patente
Pra que ligar a quem não sabe
Aonde tem o seu nariz?
Quem é você que não sabe o que diz?

Deixamos aqui registrado nosso pesar ao paladar vicioso do Sr. Murray, que ao experimentar o novo e inusitado produto tropicalizado brasileiro não soube apreciar o que tem sido aclamado pelo público nacional. A todos os outros desejamos um brinde!
Segue link da matéria do JT para quem quiser conferir na íntegra:

Em busca da loira perfeita.

OBS. REPASSE ESTA MENSAGEM A TODOS QUE APRECIAM A CERVEJA NACIONAL E O TRABALHO DAS MICROCERVEJARIAS BRASILEIRAS.

Marcelo Carneiro da Rocha
Presidente da Cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto / SP – Brasil
marcelo@cervejariacolorado.com.br


Pode acreditar que estamos juntos, a postura adotada pelo cervejeiro e a forma na qual foi retratada suas atitudes foram desnecessárias, não acrescentou em nada, parece que se se ele fala todos tem que baixar a cabeça. Cerveja não é isso, como dizia o caro e lendário Michael Jackson: procuro as qualidades escondidas em todas as cervejas. Ele ainda escreveu que se julgasse uma cerveja exclusivamente pelos seus defeitos e impressões ruins nunca tomaria a melhor cerveja, e sim a menos pior. Valeu Michael e que isto sirva de lição não só para o Murrey mas para todos que estão aprendendo a gostar do nobre líquido.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Cervejas Jacobsen

Tive a oportunidade de degustar a Jacobsen Vintage Nº 1, a cerveja mais cara do mundo e lá relatei um pouco da história desta cervejaria, você pode conferir aqui.
Desta vez pude degustar três dos produtos de linha da cervejaria, a Vintage é sazonal, são quatro produtos em linha e há outros lançados esporadicamente. A cervejaria Carlsberg é uma grande indústria cervejeira e se aproveita disto muito bem, fomenta o mercado Dinamarquês com muita eficiência, produzindo diversos estilos de cerveja, patrocinando festivais cervejeiros e apoiando associações cervejeiras do país, um bom exemplo em como ajudar na educação cervejeira dos consumidores. Abaixo impressões dos estilos degustados.


Cerveja: Jacobsen
Apresentação: Garrafa 330ml.
Tipo: Pilsen
Álcool: 5,5%
Cor: Dourado intenso, limpa, brilhante.
Espuma: Boa formação, duradoura.
Aroma: Malte, biscoito, lúpulo, floral.
Paladar: Bom corpo, malte, notas adocicadas, lúpulo, amargor equilibrado, sensação residual bem equilibrada malte/lúpulo.
Comentário: Boa cerveja, possui bom drinkability devido ao perfeito equilíbrio dos ingredientes.

Cerveja: Jacobsen
Apresentação: Garrafa 330ml.
Tipo: Brown Ale
Álcool: 6%
Cor: Rubi, limpa, brilhante.
Espuma: Boa formação, duradoura.
Aroma: Leve adocicado, caramelo, notas torradas.
Paladar: Médio corpo, notas doces, torrado, caramelo, baixo amargor, álcool, sensação residual com agradável doçura.
Comentário: Boa cerveja, fácil de degustar.

Cerveja: Jacobsen
Apresentação: Garrafa 330ml.
Tipo: Dark lager
Álcool: 5,8%
Cor: Castanho, limpa, brilhante.
Espuma: Boa formação, duradoura.
Aroma: Malte, torrado, chocolate, doce.
Paladar: Médio corpo, malte, notas adocicadas, médio amargor, leve torrado, sensação residual ligeiramente seca.
Comentário: Boa cerveja, porém para o estilo poderia ter um pouquinho menos de notas doces.


terça-feira, 21 de outubro de 2008

Workshop: Produção Caseira de Cervejas Especiais

A Associação dos Cervejeiros Artesanais de SC (ACervA Catarinense) promove no próximo sábado, dia 25 de outubro, nas dependências da Cervejaria Schornstein, em Pomerode, o Workshop "Produção Caseira de Cervejas Especiais".
O objetivo do evento é apresentar o processo de produção da cerveja caseira, através de uma "brassagem" no próprio local, por membros da ACervA Catarinense e complementando com palestras sobre cerveja.
O evento é destinado tanto aos cervejeiros caseiros que desejam debater sobre o processo quanto para todos aqueles que desejam aprender sobre o nobre líquido. O evento começa às 11hs. da manhã, se estendendo até o final da produção da cerveja, que deve ocorrer por volta das 18h.
O custo para participação é de R$50,00 para não associados da Acerva, R$30,00 para sócios da ACervA Catarinense e para as mulheres, com direito a:
- Almoço no restaurante da cervejaria;
- Rodada de degustação de chopes da Schornstein;
- Degustação de cervejas caseiras.
- Visita a área de produção da cervejaria.
*Chopes e petiscos consumidos no bar da cervejaria não estão inclusos.
As palestras serão as seguintes:
- Abertura: Marco Aurélio Zimmermann (Presidente da ACervA) e Murilo Foltran (cervejeiros da Opus - Cerveja Caseira do Campeche);
- Fabricação de Cerveja: Claudio Zastrow (Mestre Cervejeiro);
- Cervejas Caseiras: Raphael Tonera (Vencedor do III Concurso Nacional de Cervejas Caseiras na categoria "belga");
- O Mundo da Cerveja: Paulo Feijão (Cervejólogo e dono do blog "oBIERcevando").
As vagas são limitadas e só serão reservadas mediante depósito antecipado. Para reservas, enviar um email para acervasc@gmail.com ou ligue para (048) 84065422 com Marco.
Este será o primeiro dos muitos eventos que serão realizados no estado, porém neste há uma diferencial, este é o ultimo final de semana da Oktoberfest e após o curso iremos curtir a festa que este ano apresentou o maior número de cervejas diferentes de todos os anos, demonstrando que a cada dia o consumidor brasileiro torna-se mais exigente.

domingo, 19 de outubro de 2008

Cerveja Tcheca

O desafio era grande, produzir uma verdadeira Bohemian pilsen, sonho de qualquer brasileiro, cansando das “pilsens” sem personalidade do mercado. A idéia era fazer uma verdadeira pilsen brasileira seguindo a tradição Tcheca, claramente evidenciada pelo malte e pelo querido lúpulo Saaz. A frente deste desafio está uma verdadeira tropa de elite, Leonardo Botto, Eduardo Passarelli e o estimado Alexandre Bazzo da Cervejaria Bamberg, onde foi produzida a cerveja.

A Cerveja Pilsen Extra Tcheca foi lançada oficialmente no III Concurso Nacional de Cervejas Artesanais, em Belo Horizonte, na qual os presentes puderam experimentar “on tap” o nobre líquido, e recentemente foi lançada a versão engarrafada, que já teve toda sua produção vendida, parabéns aos caros amigos pelo ótimo trabalho e abaixo segue impressões:

Cerveja: Tcheca
Apresentação: Long Neck 355ml.
Tipo: Bohemian Pilsen
Álcool: 5,4%
Cor: Dourado intenso, limpa, brilhante.
Espuma: Boa formação, queda lenta, duradoura.
Aroma: Malte, lúpulo, leve adocicado, floral.
Paladar: Bom corpo, malte, lúpulo, amargor persistente, nota ligeiramente doce, sensação residual maltada bem equilibrada com amargor.
Comentário: Cerveja bem equilibrada, seria fácil a cerveja do dia a dia.
Mais informações: Blog da Tcheca.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

1º Cervexpo


1° Cervexpo - Exposição Latino Americana de Colecionismo Cervejeiro, que acontece no Shopping Total, em Porto Alegre, entre os dias 17 e 19 de outubro.
O evento promove no dia 18, na praça central do shopping, das 9h às 18h, mostra gratuita e aberta ao público onde serão apresentados e vendidos produtos cervejeiros como por exemplo copos, bolachas, camisetas, baldes etc. Serão aproximadamente 90 expositores representando colecionadores de artigos ligados à bebida na América Latina e Europa.


O programação do evento ainda inclui visitas à fábrica do Grupo Schincariol em Igrejinha (RS), palestras sobre o mundo cervejeiro, degustações da linha Schincariol e Premium (Baden Baden, Devassa e Eisenbahn) almoço de confraternização e leilão de artigos raros.

As inscrições para participar da programação completa devem ser feitas no site do Tcherveja - Clube Gaúcho Cervejeiro, que está organizando o evento, no endereço http://www.tcherveja.com.br/ .


Infelizmente não poderei participar do evento, uma pena, mas quem for a Porto Alegre ou mora na região tem que participar, pois além dos inúmeros itens cervejeiros a disposição, terá disponível boas cervejas e ótimas pessoas, parabéns a todo pessoal do Rio Grande do Sul que vem se destacando na divulgação da cultura cervejeira, promovendo ótimos eventos e produzindo muita coisa boa.


terça-feira, 14 de outubro de 2008

Oktoberfest 2008

No dia 09 de Outubro teve início a 25º Oktoberfest em Blumenau, ano passado pude detalhar sobre a história da festa na cidade, confira aqui, cada ano a festa está mais consistente e bonita. As decorações nos pavilhões e deocorações das cervejarias estão mais estruturadas, características, trazendo grande identidade visual a festa. Os estilos das cervejas continuam gradativamente evoluindo e logo abaixo falarei sobre as opções cervejeiras na festa. Para quem deseja vir na festa e aproveitar conhecendo os pavilhões, observando a estrutura armada pelas cervejarias, o conselho é que seja no período das 17:30 às 21:00, depois os pavilhões já ficam mais lotados. Sobre as cervejarias:

A Brahma é a patrocinadora oficial da festa, ocupa dois pavilhões na festa, trouxe diversos tanques para decorar os pontos de venda que disponibilizam os chopes Brahma Pilsen, Brahma Black e o chopp Liber, novidade da empresa, apostando na Lei Seca, o copo de chopp com 400ml. custa R$ 3,75



O Brahmagarten este ano trouxe menos variedades de cervejas do que o ano passado, o preço também sofreu alteração, estão disponíveis no pavilhão 3 da Vila Germânica três versões da Cerveja Franziscaner (Weiss; Dunkel Weiss e Kristal) custando R$ 8,00 a garrafa de 500ml.
Tambén estão a venda duas versões da Leffe (Blond e Brune) e a Hoegaarden que custam R$ 6,00 cada uma, e por ultimo nas importadas vem a Stela Artois a R$ 5,00 a long Neck


O tema da Eisenbahn este ano traz a história sobre oito personagens que fizeram parte da Oktoberfest, os espaços da cervejaria remetem aos homenageados, eles são responsáveis pela estrutura que a festa tem hoje, caso queria conferir a história de cada um clique aqui, a cervejaria disponibilizou os chopes Pilsen, Weizen e os premiados Dunkel e Pale Ale ao preço de R$ 3,75 cada copo com 400ml. E as novidades são por conta das cervejas em garrafas que estão disponíveis: Kölsch, Oktoberfestbier, Natural, Rauchbier, Weizenbock, Strong Golden Ale e a Fünf ou cinco, ao preço de R$ 4,00 a garrafa.


A Bierland de Blumenau trouxe seus já conhecidos chopes Pilsen, Weizen e Bock a R$ 3,75 cada copo com 400ml. O oBIERcevando já pode conversar com um dos proprietários aqui. A cervejaria trouxe uma novidade ao mercado, o chopp com 0,5% de álcool ou praticamente sem álcool, impulsionada pela Lei seca a cervejaria resolveu apostar no produto, qualquer um dos chopes custa R$ 3,75 o copo com 400ml.

A cervejaria DasBier de Gaspar ano passado esteve presente do lado de fora do pavilhões. Tivemos a chance de conversar com o Emerson em uma entrevista que você pode conferir aqui. Este ano dentro dos pavilhões trouxe seus três estilos de chope, disponibilizando mais variedade aos visitantes da festa. A cervejaria tem disponiveis os chopes Pilsen, Weizenbier e o Braunes Ale, que é um chopp amber, com notas leves de torrefação e equilibrado amargor, cada copo de 400ml da DasBier sai por R$ 3,75.

A Cervejaria Schornstein pela segunda vez participa da festa, trazendo as características da sua fábrica e “bar” em Pomerode para os pavilhões da festa, já conversamos com Mauricio, um dos proprietários aqui, o bar nos pavilhões tem sua estrutura remetendo a famosa chaminé que deu nome a cervejaria. Trouxe quatro estilos de chope, o clássico Pilsen, o Pilsen não filtrado, o reformulado Pale Ale e o famoso Bock, cada um sai por R$ 3,75 o copo com 400ml.

A cervejaria Wunderbier participa pelo segundo ano na festa, trouxe os chopes Lager hell e Schwarzbier, qualquer um dos dois sai por R$ 3,75 cada copo de 400ml.

A Opa bier de Joinville também inicia seus trabalhos na festa, após uma disputa sobre sua participação ou não na festa, o que limitava sua participação na festa eram alguns termos da licitação. Conseguiu liminar para paticipar da festa e está presente colorindo ainda mais o pavilhão. Trouxe dois chopes, o Pilsen e um Porter, cada um custando R$ 3,75 o copo com 400ml.

A Zehnbier como todos os anos participa e traz mais novidades a festa, além dos chopes produzidos durante todo o ano, temos novidades, um Pilsen Extra e um Helles bock vem agregar a variedade de produtos da marca, em um grande espaço montando no canto do pavilhão um, a cervejaria disponibiliza chopes e mesas para curtir a festa praticamente de um camarote, vale a pena conferir.

Isso tudo vale a pena, aproveitando entre 17:30 e 21:00, depois os pavilhões já começam a ficar mais lotados e talvez seja complicado apreciar as decorações das cervejarias e degustar tranqüilamente cada uma das 40 cervejas e chopes disponíveis nos pavilhões, de qualquer forma até o dia 26 de Outubro a festa acontece e tem produtos e público para agradar a todos. No decorrer da semana posts sobre degustações dos produtos disponíveis na festa, acompanhe.

Mais informações:

De domingo a quinta: R$ 5,00
Sextas e sábados: R$ 10,00
Ingresso livre para quem usar traje típico germânico e estudante paga meia entrada.

A festa ocorre do dia 09 de Outubro até o dia 26 de Outubro de 2008

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Bush Prestige

Para a virada do milênio a cervejaria Bush da Bélgica, preparou uma cerveja em garrafas de 1,5 litro com segunda fermentação, seu sucesso foi tanto que não sobrou nada.
Em 2003 a cervejaria reformou a fábrica e criou uma nova área, para recepcionar turistas e um museu, junto a este espaço fizeram uma nova área para fermentação, instalaram seis barris de carvalho com capacidade para 600 litros cada um. A idéia era reproduzir a Bush Milenium com a maturação nos barris, entretanto a Bush Amber que ficou acondicionada nos barris, resultando a Bush Prestige.
A idéia era alterar o processo de maturação, trazendo mais originalidade aos processos da cervejaria, ao invés dos tanques cônicos de inox, optaram por tentar fazer como no passado, deixando a cerveja acondicionada em barris de carvalho, a Prestige fica entre um período de 4 a 6 meses.
Uma pequena quantidade de açúcar e fermento é adicionada a cerveja durante o processo de engarrafamento, o famoso primming. Após este processo as garrafas são colocadas em uma câmara “quente”, para produzir a refermentação na garrafa, o que gera certa “nebulosidade” em seu aspecto e um volume muito elevado de álcool, chega aos 13%. A “antiquada” maturação em barris de carvalho, garante as pessoas, a certeza de descobrir um conjunto exclusivo de aromas e sabores. O sabor forte, os ricos aromas, para não falar da edição limitada e exclusiva, torna a Bush Prestige uma “prestigiada” cerveja. Abaixo impressões:

Cerveja: Bush Prestige
Apresentação: Garrafa 750ml.
Tipo: Belgian Strong Ale??
Álcool: 13%
Cor: Tons avermelhados, rubi, leve turbidez, brilhante.
Espuma: Baixa formação, porém o que se forma fica na copo até o final.
Aroma: Carvalho, notas defumadas, madeira, levedura, uva passa, complexo.
Paladar: Ótimo corpo, bem carbonatada, ligeiramente ácida, carvalho, picante, frutas maduras, leve defumado, sensação residual seca com leve adstringência.
Comentário: O drinkability desta cerveja é bastante elevado, ou melhor, perigosamente elevado, pois seus 13% não são percebidos, a única impressão que mais se destaca é o carvalho, às vezes tornando-se demasiado, mas é uma cerveja excelente, exclusiva e com personalidade.

domingo, 5 de outubro de 2008

As boas geladas da Oktoberfest - Revista Menu


A revista Menu deste mês traz uma matéria na seção Baixa Gastronomia sobre oque os visitantes poderão degustar exclusivamente na Oktoberfest deste ano, a repórter Beatriz Marques é quem assina a matéria e solicitou a ajuda de três especialistas no assunto. Fui um dos convidados a dar dicas e falar sobre os chopes, junto com mais dois mestres no assunto, a beer sommelier, editora da revista BeerLife e colunista da revista Menu, Cilene Saorin e o Baterista da banda Nenhum de Nós e consultor cervejeiro Sady Homrich. Particularmente fiquei muito feliz pela oportunidade e com o resultado, para ler é só clicar na imagem abaixo:

Fica a dica para quem vier visitar a festa se saborear com produtos de pequenas cervejarias, alguns exclusivos ainda apenas no estado de Santa Catarina. A festa começa nesta Quinta-feira, dia 09 de Outubro e vai até dia 26 de Outubro. Ainda esta semana um post exclusivo da festa.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Cervejaria D'Achouffe



No final dos anos setenta, dois irmãos, Christian Pierre e Gobron Bauweraerts decidiram criar sua própria cerveja e começaram o hobby com pequenas produções, mostrando a parentes e amigos.

Com pouco dinheiro disponível, na época tinham 200.000 francos belgas menos que 5.000 euros hoje, começaram sua produção e história cervejeira. Inicialmente era visto por eles como um hobby, a cervejaria Achouffe estava precisando desenvolver um projeto e tomar uma decisão para iniciar o negócio em tempo integral ou manter apenas como uma “aventura”. A primeira produção comercial de LA CHOUFFE foi feita em 27 de agosto 1982.
A cervejaria rapidamente fez sucesso e logo chegou a outros países, foi na Holanda que aconteceu a primeira e calorosa recepção. A Holanda continua sendo o principal destino das exportações da Cervejaria Achouffe. Hoje em dia mais de 20 países ao redor do mundo tem a possibilidade de degustar o nobre produto.
No segundo semestre de 2006, a cervejaria foi vendida para a Duvel Moortgat Brewery. A vontade do grupo em investir na Achouffe e desenvolver o potencial da Cervejaria foi crucial na negociação, e pela qualidade dos produtos da Duvel espera-se que melhore cada vez mais. Pude degustar dois bons exemplares da cervejaria disponíveis no Brasil, importados pela Casa da Cerveja, abaixo impressões:

Cerveja: La Chouffe
Apresentação: Garrafa 750ml.
Tipo: Belgian Strong Ale
Álcool: 8%
Cor: Dourado, leve turbidez, brilhante.
Espuma: Boa formação e baixa duração.
Aroma: Malte, lúpulo, cítrico, especiarias, leve frutado (laranja).
Paladar: Médio corpo, bem carbonatada, ligeiramente ácida, especiarias, álcool, picante, cítrico, sensação residual moderadamente seco e agradável doçura.
Comentário: Apesar de no rótulo estar dizendo "Blond Ale", seu teor alcoólico é mais elevado que o aceito para o estilo, e suas características remetem fielmente ao estilo Belgian Stong Ale, conforme BJCP.


Cerveja: MC Chouffe
Apresentação: Garrafa 750ml.
Tipo: Belgian Dark Strong Ale
Álcool: 8%
Cor: Castanho escuro, tons vermelhos, leve turbidez, brilhante.
Espuma: Boa formação e duradoura.
Aroma: Malte, frutado (ameixa, nozes), doce.
Paladar: Bom corpo, boa carbonatação, notas de álcool, picante, ameixa, caramelo, agradável doçura, sensação residual com leve amargor e traços quentes do álcool.
Comentário: Boa cerveja, com ótimo drinkability.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Entrevista com Garrett Oliver


Como, relembrar é viver, resolvi trazer a tona novamente a entrevista feita com o Garrett Oliver pelo Roberto Fonseca (Latinhas do Bob) para o caderno Paladar do Estadão, lembro que na época que o Garret estava no Brasil de férias em Bombinhas (SC) a convite do pessoal da Eisenbahn, pude conversar um pouco com o nobre cervejeiro, na oportunidade ele pode demonstrar seus dotes culinários e além de deixar claro seu amor pelo que faz, Garrett para quem não sabe é o mestre-cervejeiro da microcervejaria nova-iorquina Brooklyn.
Nesta vinda, além de conhecer o litoral catarinense, participou da abertura da Sommerfest 2008, que reuniu produtores artesanais catarinenses. Oliver é um dos mais respeitados especialistas em harmonizar cerveja e comida, é autor do livro The Brewmaster's Table, ele concedeu esta entrevista ao Roberto, entretanto a idéia por ele transmitida em nossa conversa era exatamente esta, você fazendo o que gosta, da forma correta, com seriedade e muita pesquisa, há sucesso, degustem mais esta entrevista sem moderação.

Roberto Fonseca - Quais cervejas brasileiras você já provou? Qual sua impressão sobre elas?
Garrett Oliver - É difícil para mim lembrar dos nomes, mas já tomei algumas. Estive em Blumenau em 2005 e fui a uma festa de cerveja. Algumas produções são bastante boas e fiéis aos estilos originais. No caso das microcervejarias, não consigo ver a razão de produzirem cervejas sem sabor como as feitas por produtores maiores.

R.F - Qual você considerou a melhor?
G.O - As cervejas da Eisenbahn são as melhores que eu provei, especialmente as weissbiers e a dunkel. A dunkel, para falar a verdade, é melhor do que muitas do estilo produzidas na Alemanha.

O cervejeiro aproveitando a festa Blumenauense.


R.F - Qual a imagem da cerveja brasileira nos Estados Unidos? Ainda somos conhecidos como o país da "lager fraquinha e amarelada"? Ou produções locais já são conhecidas por meio de sites de avaliação e exportadores?

G.O - Muitos americanos nunca provaram nenhuma cerveja brasileira, logo eles não têm uma imagem do que seja a cerveja brasileira. A Brahma começou a tentar (se tornar conhecida nos EUA), mas tiveram pouco impacto até agora. A Corona, do México, já ocupa a categoria de "lager tropical fraquinha", por isso será um páreo duro para eles.


R.F
- Qual foi a chave para as microcervejarias se multiplicarem nos Estados Unidos, mesmo competindo com fabricantes maiores e marcas importadas? Vocês têm de lidar com competição de preços de cervejas vindas de outros países? Ou trata-se de uma faixa diferente do mercado?

G.O
- Nós realmente fizemos parte de uma revolução culinária, junto com o queijo, o vinho e muitos outros tipos de comida. Quando os americanos começaram a comer melhor, eles também quiseram beber melhor. Além disso, as microcervejarias americanas são muito criativas. Isso quer dizer que nós tivemos uma oportunidade de apresentar novos sabores e realmente fazer com que as pessoas se interessassem por cerveja. No entanto, nós competimos sim com cervejas estrangeiras baratas, como a Stella Artois, para a qual conseguiram criar uma imagem "chique" na América. Os belgas acham isso muito divertido.


R.F
- Como a "educação cervejeira" do consumidor se desenvolveu nos Estados Unidos?

G.O
- Os livros de escritores como Michael Jackson (jornalista britânico, falecido em 2007) foram muito influentes. Além disso, o movimento de cervejeiros caseiros funcionou como uma espécie de incubadora para a cena cervejeira americana. Grandes chefs cozinham em casa primeiro. Nos Estados Unidos, é o mesmo com cervejeiros.

R.F - No Brasil, produtores de cervejas artesanais ainda têm de lidar com "preconceitos cervejeiros", como "a cerveja deve ser servida estupidamente gelada" ou "cervejas escuras devem ser doces e agradam mulheres". O mesmo ocorre com vocês?
G.O - Sim, o mesmo ocorre nos EUA com a questão da cerveja gelada. Agora, sobre a cerveja escura, é verdade? Eu nunca tinha ouvido essa! As mulheres não gostam de experimentar cervejas escuras lá. Temos de convencê-las a provar.

Garrett e eu brindando as boas cervejas no evento.


R.F - Qual o impacto de mostrar às pessoas como harmonizar boas cervejas com boa comida? Isso ajudou a disseminar conhecimento sobre cervejas de qualidade?

G.O - Parece ter tido um grande impacto. Muitos produtores agora usam a harmonização como uma grande ferramenta para promover suas cervejas. Também funciona como "elo" entre a cerveja e a vida das pessoas, mostrando a elas quão maravilhosa pode ser a bebida em um jantar em casa. Isso faz a cerveja passar de um divertimento para um item de luxo que não é caro. A maioria das pessoas pode comprá-las todo dia. Atualmente, muitas pessoas conhecem cerveja de qualidade e buscam por elas.

R.F - No vídeo Cheese Wars (www.youtube.com/watch?v=6Zwi__PCal0), você "duela" com uma enóloga durante uma degustação de cervejas, vinhos e queijos. Como você analisa a reação das pessoas quando elas descobrem aromas e sabores da cerveja?
G.O - Elas ficam bastante chocadas. Geralmente o público é composto de fãs de vinho, logo eles não esperam optar pela cerveja. Mas ela é tão claramente superior que eles têm de ser honestos e deixam a degustação como fãs de cerveja, que é meu principal objetivo. Eu adoro vinho também, mas a cerveja é bem mais versátil com comida, em especial com queijos.

R.F - Quão importante é para uma microcervejaria produzir uma grande variedade de estilos?
G.O - A criatividade é o maior pré-requisito para o sucesso da cultura cervejeira. Não importa onde você procure no mundo, a cerveja sempre é mais bem-sucedida onde há uma boa mistura de estilos tradicionais e novos. Eu adoraria ver produtores brasileiros começarem a fazer cervejas especificamente produzidas para combinar com comida brasileira, talvez com ingredientes nacionais únicos. O mestre-cervejeiro hoje é como um chef, ele pode buscar influências em todo lugar. A tradição é muito boa - nós fazemos muitas cervejas tradicionais -, mas se você quer realmente chegar à imaginação das pessoas, você precisa ser criativo. E é bem mais divertido dessa maneira!

R.F - Qual o segredo do sucesso para uma microcervejaria como a Brooklyn? Se você estivesse para abrir uma microcervejaria no Brasil, qual seria seu plano?
G.O - Creio que, obviamente, as cervejas teriam de ser sensacionais, mas o mestre cervejeiro precisa estar à frente do negócio ajudando a difundir a cultura, exatamente como os chefs fazem. Eles precisam trabalhar com chefs top de linha e harmonizar a cerveja com boa comida brasileira, e também com pratos de influência européia. A Brahma e outras cervejas industriais já se apossaram da "imagem de praia", e uma pequena cervejaria não vai quebrar essa associação. O microcervejeiro precisa se nivelar por cima. De lá, você pode tornar a cerveja mais acessível para todos.

R.F - O aumento nos preços do malte pode brecar o crescimento do movimento de microcervejarias no mundo?

G.O - Certamente será um desafio, especialmente em países com menos reservas. Torcemos para que as pessoas não se afetem tanto com o preço, porque certamente teremos de elevar nossos valores.

R.F - Há alguma coisa a mais que você gostaria de dizer?
G.O - Gostaria que as pessoas percebessem que nós (os norte-americanos) somos o povo que menos teria tendência a desenvolver uma grande cultura cervejeira. As pessoas pensavam que a cerveja deveria ter gosto de água com gás. Em 20 anos, passamos de 40 microcervejarias a mais de 1500. O mercado de cerveja artesanal nos EUA cresceu 11% no ano passado, e tem crescido todo ano desde a década passada. Cerveja de verdade, como comida de verdade, é tanto o passado quanto o futuro. As pessoas estão abrindo os olhos para coisas melhores e uma vez que as provam, não querem mais aceitar produtos industriais.


Mais informações:
Site do Garrett Oliver
Site da Cervejaria Brooklyn