sábado, 6 de outubro de 2007

24º Oktoberfest de Blumenau

A Oktoberfest de Blumenau, em sua 24º edição tornou-se uma das festas mais populares do Brasil, foi inspirada na festa homônima alemã, que teve origem há 196 anos em Munique, tudo começou em 12 de outubro de 1810, quando o Rei Luis I, mais tarde Rei da Baviera, casou-se com a Princesa Tereza da Saxônia e para festejar o matromônio foi organizada uma corrida de cavalos. O sucesso foi tanto, que a festa passou a ser realizada todos os anos com a participação do povo da região. Em homenagem à princesa, o local foi batizado com o nome de Gramado de Tereza.
A banda alemã Winzerkapelle agitando o público.

A festa ganhou uma nova dimensão em 1840, quando chegou em Munique o primeiro trem transportando visitantes para o evento. Passaram a ser montadas barracas e promovidas várias atrações. Neste local apareceram também os primeiros fotógrafos alemães, que ali encontraram um excelente ambiente para fazerem suas exposições. A cerveja, proibida desde os primeiros anos, só começaria a ser servida em 1918.
Por conseqüência das guerras e pela epidemia de cólera, a Oktoberfest Alemã deixou de realizar-se 25 vezes. De 1945 até hoje, aconteceu ininterruptamente. Atualmente, a Oktoberfest de Munique recebe anualmente um público de quase 10 milhões de pessoas. O consumo de cerveja chega a 7 milhões de litros.


A "locomotiva " da Eisenbahn, ocupando o pavilhão das Microcervejarias.
Consagrada como a segunda maior festa alemã do mundo, a Oktoberfest Blumenauense é a confraternização de pessoas de todas as partes. A Oktoberfest de Blumenau teve sua primeira edição em 1984, logo após a grande enchente em Blumenau, em 1983 Blumenau foi quase totalmente destruída pelas águas do rio Itajai Açu. Inundadas até os telhados, na vazante as casas eram apenas restos enlameados das até então belas casinhas com jeito europeu, caiadas e com cercas cuidadas, muitas flores e frontais de madeira envernizada. Demorou um bom tempo até que a cidade pudesse voltar à uma certa normalidade, com o apoio da prefeitura e do governo do Estado. Mas cada chuva se transformava em uma ameaça. Em 1984, antes mesmo que a cidade estivesse funcionando normalmente, uma nova enchente, de proporções maiores para uma cidade ainda em recuperação da enchente anterior, destruiu Blumenau. "Completamente", dizem alguns blumenauenses. "Menos a coragem do povo", dizem outros...
Espaço da Bierland, que além dos três tipos já produzidos, trouxe sua nova cerveja, um Pale Ale.
Porém a Oktober desde sua primeira edição não deixou de ocorrer na cidade e logo na primeira edição demonstrou que seria um evento para entrar na história. Em apenas 10 dias de festa, 102 mil pessoas foram ao, então, Pavilhão A da Proeb, número que na ocasião representava mais da metade da população da cidade. O consumo de chope foi de quase um litro por pessoa. No ano seguinte, a festa despertou o interesse de comunidades vizinhas e de outras cidades do país. O evento passou, então, a ser realizado em dois pavilhões.
O sucesso da Oktoberfest consolidou-se na terceira edição e tornou-se necessário a construção de mais um pavilhão e a utilização do ginásio de esportes Sebastião da Cruz - o Galegão - para abrigar os turistas vindos de várias partes do Brasil, principalmente da região Sudeste, e também de países vizinhos. O evento acabou fazendo de Blumenau o principal destino turístico de Santa Catarina no mês de outubro.
Pavilhão com decoração do Brahma Black, e onde ocorreu a sangria do primeiro barril da festa.
Em uma cerimônia curta, que contou com a presença de autoridades, entre elas o prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinubing, o governador do Estado de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, vereadores, o Embaixador da Oktoberfest, Harold Letzow, a Rainha e as Princesas da festa, a Miss Blumenau, o Vovô e a Vovó Chopão. Entre outras pessoas, tão importantes quanto.
Houve a execução dos hinos nacionais do Brasil e da Alemanha, e logo após, a hora mais esperada: a sangria do 1º barril. E foi diferente dos anos anteriores, inspirado na Oktoberfest de Villa General Belgrano, na Argentina, o chopp jorra e banha a todos que estão ali à espera, há quem goste, outros, porém preferem ver o líquido molhando a garganta apenas.
Além da patrocinadora oficial da festa, a Brahma, cinco cervejarias artesanais estão no pavilhão 1 são elas: as locais Eisenbahn, Bierland e Wunderbier, a Heimat da cidade vizinha Indaial, e a Zehn Bier, de Brusque.
Agora a melhor parte, estão dispiníveis na festa, nada mais nada menos que 27 cervejas diferentes, de 13 marcas, esta edição da festa talvez seja a maior em número de variedade de cervejas, demonstrando a direção do mercado nacional.
A Eisenbahn está com quatro tipos de chopp o pilsen, dunkel, pale ale e weizenbier, a Bierland também está participando com quatro tipos de chopp: pilsen, weizen, bock e o recém lançado pale ale.
Espaço da WunderBier, ao lado direito o espaço da cervejaria Heimat
Já a nova cervejaria de Blumenau, a Wunderbier, que infelizmente não conseguiu terminar a tempo o seu bar de fábrica, e que provavelmente será inaugurado na segunda quinzena de novembro, venderá dois tipos de chopp, um pilsen filtrado e o pilsen não-filtrado. A Heimat está com dois tipos de chopp, o pilsen e o escuro, que eles informam ser um bock A Zehn Bier, está participando com dois tipos de chope, o pilsen e o porter .
A "casa" da Zehn Bier na Oktoberfest.
E a avaliação e expectativa das microcervejarias do vale com a festa é a melhor possível. Um dos fatores é que o espaço das microcervejarias na festa cresce a cada ano.

Espaço da Brahma, o "Brahmagarten" onde são comercializadas as cervejas importadas.

O setor 1 do Parque Vila Germânica está destinado as cervejarias artesanais e os setores 2 e 3 a Brahma, onde estão sendo vendidos chopes pilsen e Brahma black.
E além de tudo isso a “Brahma” prestigia o evento trazendo o lançamento das cervejas importadas do grupo Inbev para o Brasil, vieram as seguintes novidades, as belgas Leffe em duas versões a Blond e a Brune, a Belle Vue Kriek, que vem dividindo opiniões por ser uma cerveja bem diferenciada, é unânime que todos adoraram a cerveja, pela sua história e diferencial, mas também, por enquanto, é unânime todos dizerem que tomariam apenas uma, por ter notas doces, mais do que uma se tornaria enjoativa. E também a Hoegaarden na versão wit beer.
As alemãs Franziscaner nas três versões Hefe Weizen, Kristall Weizen (Cerveja de trigo filtrada) e a versão Dunkel Weizen. A Lowenbrau veio com sua versão Oktoberfest Bier, e a Spaten também com a Oktoberfest Bier.
Não tem como não participar de uma festa desta, e no decorrer da festa, comentarei mais sobre, e olha que é apenas o terceiro dia.


Duas das cervejas trazidas ao evento, com suas devidas geladeiras personalizadas, no primeiro dia de festa só as alemãs estavam presentes, ontem no segundo dia, faltava a Hoegaarden apenas, que provavelmente chegou hoje ao evento, e que só podem ser servidas em copos plásticos, ao não ser que você esteja com sua caneca ou copo de vidro.
Serviços:
Preço do Chopp:
Qualquer um dos chopes disponíveis R$ 3,75

Preço das Cervejas Importadas
Belle-Vue Kriek - R$ 5.00 - Bélgica - 375ml
Leffe Blonde - R$ 5.00 - Bélgica - 375ml
Leffe Brown - R$ 5.00 - Bélgica - 330ml
Hoegarden White - R$ 5.00 - Bélgica - 330ml
Löwenbräu Oktoberfest - R$ 7.00 - Alemanha - 500ml
Spaten Muenchen - R$ 7.00 - Alemanha - 500ml
Spaten Oktobefest - R$ 7.00 - Alemanha - 500ml
Franziskaner Weisbier - R$ 7.00 - Alemanha - 500ml
Franziskaner Dark Weisbier - R$ 7.00 - Alemanha - 500ml
Franziskaner Weisbier Keer - R$ 7.00 - Alemanha - 500ml

No primeiro e no último dia da festa, a entrada é franca. Nos outros dias, o valor do ingresso está a R$5,00 ou R$10,00, depende do dia da semana e estudante paga meia entrada.

4 comentários:

Anônimo disse...

Cervejas belgas a R$ 5,00?!
Espero que chegue aqui em São Paulo, a esse preço bem sugestivo.

Paulo Feijão disse...

Olá Wagner

Olha cara, pelas informações, elas estarão sendo comercilazadas nesta faixa de preço sim, e talvez mais em conta ainda, por exemplo a Franziscaner que aqui está sendo comercializada a R$ 7,00, é possivel encontrar nos mercados paulista a R$ 6,20 (este preço eu vi no Mambo da Vl. Madalena)

Anônimo disse...

Olá Feijão,

boa noticia essa confirmação, pois os preços das cervejas belgas são proibitivos.
Bebendo essas quatro citadas, não se consegue pagar por uma belga.
É o meio ideal para divulgar essas cervejas.
Cervejas alemãs como Franziskaner,Licher e Koning na Tortula, encontro mais baratas até do que cervejas nacionais como Bade Baden e Colorado.
Voce já deve conhecer essa surpreendente padaria, se não conhece vale bastante a pena conhece-la.
O que acho absurdo, pois além da qualidade são importadas.
Continue com esse belo site divulgando cervejas de nível.
E pessoas interessadas nesse assunto trocaram as cervejas congeladas e aguadas, por CERVEJAS no verdadeiro significado.

Vic disse...

Amigo Feijão,

Por cá, quem organizou uma Oktoberfest foi o Goethe Institut, à qual não fui. Mas pelo que li de parceiros meus no fórum do Cervejas do Mundo, a coisa foi pobre e muito mal organizada. Nem parecia uma iniciativa alemã, acostumados que estamos á sua escrupulosa organização

Abraço