Uma tendência mundial já é notável e não tem volta, o “artesanal” cada vez ganha mais status e reconhecimento, após um período aonde as indústrias é quem produziam nossos bens de consumo, pequenos produtores, alguns ainda familiares, estão mantendo uma opção de produtos diferenciados no mercado, os produtos artesanais.
Nota-se no azeite, vinho, pão, queijos e mais recentemente no Brasil as cervejas, estas que tanto proporcionam alegria com novidades e aprendizados, e hoje trago mais um produto que se diferencia pela sua qualidade e acompanhamento no preparo, os Chocolates Nugali.
Localizada na cidade catarinense de Pomerode, que fica aproximadamente a 22km de Blumenau, a Nugali é uma das poucas marcas do Brasil que realmente fabrica seu próprio chocolate. Trabalhando do cacau ao produto final, podendo daí garantir qualidade, exclusividade nas formulações e processos.
O casamento então era mais do que certo com uma boa cerveja. Por possuir uma variedade de chocolates, optei por escolher um dos seus melhores produtos, o Serra do Conduru Vintage 80%. Este chocolate é produzido com cacau cultivado na Fazenda São Pedro, nos sopés da Serra do Conduru na Bahia. As características dos frutos usados em sua composição e sua torra suave resultam em um sabor único, permitindo um teor de 80% de cacau, o mais alto produzido no Brasil, e devido a esta alta concentração e seu cuidadoso preparo permite uma prazerosa degustação, em que diferentes aroma e paladares se revelem gradualmente.
A cerveja escolhida foi a Colorado Demoiselle, cerveja elaborada a partir da parceria do Ricardo Rosa e a Cervejaria de Ribeirão Preto, é uma cerveja que em um primeiro momento surpreende pelo aroma e gosto de café muito destacado, estas impressões tive quando tomei os primeiros testes, neste exemplar já percebi uma diminuição no “café” equilibrando mais o conjunto e trouxe mais sabores “além” café.
A cerveja escolhida foi a Colorado Demoiselle, cerveja elaborada a partir da parceria do Ricardo Rosa e a Cervejaria de Ribeirão Preto, é uma cerveja que em um primeiro momento surpreende pelo aroma e gosto de café muito destacado, estas impressões tive quando tomei os primeiros testes, neste exemplar já percebi uma diminuição no “café” equilibrando mais o conjunto e trouxe mais sabores “além” café.
O Demoiselle foi criado por Santos Dumont depois do 14 Bis, em francês Demoiselle significa “libélula”, o “avião” teve este nome por lembrar uma. Ele voou pela primeira vez em 1907 e foi sofrendo ajustes até 1909. O nome da cerveja relembra a ligação de Dumont com a cidade de Ribeirão Preto e também com o café, já que a família de Santos Dumont possuía fazendas na região, e provavelmente os custos na criação do Demoiselle foram pagos com capital proveniente da produção cafeeira.
Dois bons produtos artesanais juntos, o chocolate tem consistência firme e boa adstringência, com considerado amargor, contém sutil doçura e sabor persistente na boca, ao degustar a Demoiselle ambos misturam-se e se perdem, fica difícil identificar qual é qual tamanha a sintonia, a torrefação presente na cerveja completa o leve torrado presente no chocolate, o ligeiro amargor da cerveja é completado pelo amargor do chocolate, o café se mistura ao doce, uma parceria muito boa e prazerosa. Fica no paladar depois, ligeiras lembranças de chocolate e do café. Vale a pena fazer esta parceria.
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9 comentários:
Já degustei a Demoiselle, mas essa combinação deve ser fantástica!
Caro,
Realmente vale muito a pena. Obrigado pela visita.
Prezado Feijão,
Saborear um dos dois (só a cerveja ou só o chocolate), já deve ser bom demais...
Os dois é covardia, não?
Diante dos valiosos produtos, não é mais prazeroso degustá-los separadamente? Não se aproveitaria mais do sabor de cada um?
Um abraço,
Jean Claudi.
Estimado Jean,
Entendo perfeitamente seu ponto de vista e concordo que não há necessidade de degustar os dois juntos.Com certeza você tem uma ótima experiência degustando os produtos separados, ambos são ricos em sabores e aromas.
Porém acredito que "juntando" os dois produtos, você acaba criando uma terceira impressão, sensação sobre eles.
Poderia se questionar o porque de tomar uma boa cerveja com um bom prato de comida se ambos já respondem por si só, o intuito é criar harmonizações para que em determinados momentos possa se juntar a força tanto da bebida, quando do alimento. Agradeço a visita e obrigado pelo comentário.
Abraços
Prezado Feijão,
Eu entendo o motivo da harmonização, mas, às vezes, pinta aquela dúvida, pricipalmente quando os produtos são nobres ou com muito sabor. Me pergunto: o que está harmonizando com o quê?
Sou eu quem lhe agradece pela aula!
Um abraço,
Jean Claudi.
Feijão!
Excelente idéia de harmonização. Sou fã dos chocolates da Nugali faz um bom tempo, e a Demoiselle é realmente muito boa.
Aliás, chocolate e cerveja foi a minha primeira harmonização "inconsciente", quando ainda nem conhecia este conceito, há vários anos atrás...
Abraços!
Marco Zimmermann
Jean,
Agora sim entendi sua pergunta rsrsrs. Particularmente, acredito que quando você estabelece a bebida e o alimento, entende-se que a bebida harmoniza com o alimento e o alimento com a bebida, talvez em casos específicos tenha um complemento da bebida no alimento realçando sabores, ai arrisco dizer que a bebida harmonizou com o alimento. Um ótimo questionamento que dá boas rodadas de conversa.
Marco,
Realmente chocolate e cerveja tem bons aspectos em comum, vale a pena esta parceria.
Abraços e obrigado pelo visita.
Olá Feijão,
Obrigado por nos receber na festa e por apresentar a algumas pessoas das cervejarias.
Quanto a este post, segui o seu conselho e quando fui a Pomerode fiz questão de comprar o chocolate.
Valeu a dica!
Rodrigo Campos e Glícia.
Fortaleza - CE
Oi Rodrigo,
Cara foi uma satisfação imensa pode conhece-los, que pena que foi rápida sua passagem por aqui, mas obrigado pela simpatia, quando precisar estamos as ordens.
Legal que a dica está ajudando.
Abraços
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